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Teresina tem infestação de Aedes aegypti e atinge alerta de médio risco

Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes Aegypti (LIRAa) feito entre os dias 25 de fevereiro e 1º de março em Teresina aponta aumento no número de criadouros do mosquito em 103 bairros da capital. A Fundação Municipal de Saúde divulgou o balanço nesta segunda-feira (18). 

A FMS afirma que Teresina tem classificação de médio risco de infestação do Aedes aegypti por ter atingido índice de 2,4. Cerca de 14 mil imóveis foram vistoriados por agentes de combate a endemias da Gerência de Zoonoses da fundação. Os bairros que apresentaram maior índice de infestação do mosquito foram Santa Maria da Codipi, Chapadinha, Parque Brasil, Santa Rosa, Areias, Distrito Industrial, Santa Cruz, Saci, Triunfo, Parque Piauí, São Lourenço, Parque Sul e Santo Antônio.

“No primeiro LIRAa feito em janeiro de 2019, os bairros de Teresina tinham baixo risco de infestação do Aedes aegypti, com índice menor do que 1. Agora, 63% dos bairros estão com índice entre 1 e 3,9 e cerca de 18% com índice maior do que 4. Diante disso, a FMS chama a atenção da população, para que não fique criando mosquito”, afirma Amariles Borba, diretora de Vigilância em Saúde da FMS.

Foto: Ascom

Amariles Borba alerta ainda que os meses mais críticos, considerados como período de risco na cidade, são de fevereiro a junho. “O período chuvoso associado à falta de cuidados domésticos contribuem para o aumento de criadouros apontado no Levantamento. Em Teresina, por conta das condições climáticas, o mosquito evolui de ovo para mosquito adulto em cinco dias, situação que difere de vários locais do Brasil em que o ciclo de criação do mosquito é de dez dias”, explica.

O levantamento apontou também que a maioria dos focos do mosquito foram encontrados em armazenamentos de água para consumo humano, em depósitos a nível do solo (barril, tina, tonel, depósito de barro, tanque, poço e cisterna), bem como em lixo passível de remoção, que são recipientes de plástico, garrafas, pneus e latas.

Elna do Amaral, infectologista da maternidade Wall Ferraz da FMS, destaca os perigos das doenças causadas pelo Aedes aegypti. “Existem quatro tipos de vírus da dengue, mas qualquer um pode levar a dengue hemorrágica, que é perigosa e pode levar a morte. Já a Chikungunya provoca dor articular intensa e a pessoa pode ficar sem caminhar; enquanto os sintomas da Zika são mais simples, mas caso ocorra em gestante tem a possibilidade de causar microcefalia no bebê”, esclarece.

O presidente da FMS, Charles Silveira, destaca que a FMS  realiza  atividades de combate ao mosquito e faz um apelo para que a população não crie ambiente propício para a proliferação do Aedes aegypti.

“A Fundação realiza inúmeras atividades de combate ao mosquito no decorrer do ano e nessa luta, que é a favor da saúde e da vida, nós contamos com o apoio da população, que com atitudes bastante simples, como a inspeção semanal de sua própria casa para evitar o acúmulo de água parada, pode impedir a proliferação do Aedes aegypti”, disse.

 


Foto: Pixabay

Dicas para evitar proliferação do mosquito Aedes aegypti


-Vire todas as garrafas com a boca para baixo e evite que acumule água dentro delas

-Não deixe água acumulada sobre a laje

-Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira bem fechada

-Mantenha bem tampados tonéis e barris d'água

-Mantenha a caixa d'água bem fechada. Coloque também uma tela no ladrão da caixa d'água

-Remova folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas

-Lave por dentro, com escova e sabão, os utensílios usados para guardar água em casa

-Troque a água de vasos e de plantas aquáticas e lave-os com água e sabão uma vez por semana

-Coloque no lixo todo objeto utilizado que possa acumular água

-Encha de areia os pratos das plantas ou lave-os semanalmente

-Lave semanalmente por dentro os tanques utilizados para guardar água

-Feche bem o saco de lixo e deixe-os fora do alcance de animais

-Lave semanalmente o recipiente de água dos climatizadores


Da redação
Com informações da FMS
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