Após diversas rebeliões nas quais sua estrutura foi bastante degradada, o prédio onde funciona a Penitenciária de Parnaíba foi condenada pelo CREA- Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura-, que fez uma visita surpresa na última sexta-feira a pedido do Ministério Público. O local, que foi adaptado a partir de um antigo mercado público em desacordo com as normas de segurança. Entretanto, uma reforma às pressas deve amenizar o problema, mas sem garantias.

Em entrevista ao Jornal do Piauí, o conselheiro do CREA, Teodoro Reinaldo, acompanhou o trabalho e afirma que a situação no local é alarmante, principalmente após as últimas rebeliões ocorridas em abril e dezembro. Para ele, a maior preocupação é com a segurança. “Lá não é um presídio. Era um mercado que adaptaram para fazer um presídio. Então em um presídio, as paredes devem ser de concreto armado e lá elas são de alvenaria. E depois dessas rebeliões em dezembro e abril, está muito depredado”, frisa.

O diretor da unidade, Fernando Caldas, reconhece a situação e alega que o governo tem se esforçado com medidas para amenizar o problema, como pequenas reformas internas e externas. Entre elas estão o reforço das grades e colocação de chapas nas paredes para reforçar a estrutura e alguns cuidados com os presos. “Nossa orientação é ter atenção no momento de conduzir os detentos, pegar na cela, contingente de agentes, a quantidade de agentes que irá conduzir, que vão manusear o detento para que possa impedir qualquer ação dos presos”, destaca.

Com relação à data da entrega das melhorias, o diretor afirma que ainda não tem uma data para finalização, mas que somente após isso poderão ver as condições para abrigarem novamente os detentos. 

Diego Iglesias
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