O Ministério Público do Trabalho no Piauí anunciou o resgate de 22 trabalhadores da construção civil na obra da nova sede das Classes Produtoras do Piauí, na BR-343, entre Teresina e Altos. A operação ocorreu no início do mês, mas só foi divulgada nesta quinta-feira (26), quando também foi anunciada uma ação para pagamento de multa por danos morais. A direção do clube contesta que os operários tenham sido achados em situação análoga à de escravidão, como denuncia o MPT/PI, e deve se pronunciar sobre o caso amanhã.  Fotos divulgadas pelo MPT/PIDe acordo com a denúncia, auditores fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego teriam flagrado os trabalhadores em condições degradantes, sem carteira de trabalho assinada e em alojametos sem higiene e conforto, carente de banheiro e água potável. Além disso, faltaria equipamento de proteção individual.O Ministério Público do Trabalho afirma que a construtora responsável pela obra pagou, no dia 9 de abril, os débitos trabalhistas, como férias e verbas rescisórias. No entanto, declara que não houve acordo com o clube e a empresa responsável para indenização por dano moral individualizado e dano moral coletivo, motivo da ação ajuizada e protocolada na última quarta-feira no Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região. Os operários são do município de Barras. Maria Elena Rêgo, procuradora do Trabalho que acompanhou a fiscalização, descreve na ação civil pública que “São pessoas simplórias, sem qualificação profissional, que sempre trabalharam na informalidade e que não possuem conhecimentos mínimos para questionar as péssimas condições de trabalho a que foram submetidos”. A multa da ação seria revertida em cursos profissionalizantes aos trabalhadores barrenses.Procurado pelo Cidadeverde.com, o presidente do clube, Cesarino Oliveira, frisou que acompanha toda a questão desde o começo e faz contestações, mas pediu para se pronunciar oficialmente apenas nesta sexta-feira (27). Da Redaçãoredacao@cidadeverde.com