MP rejeita pedido de libertação de Elize

O advogado de Elize Matsunaga, assassina confessa do marido, o diretor-executivo da Yoki Marcos Matsunaga, entrou com pedido na Justiça para a revogação da prisão temporária de sua cliente. Ela está presa desde a semana passada, quando se tornou a principal suspeita da morte e esquartejamento do empresário. O pedido foi protocolado por Luciano Santoro na segunda-feira, e rejeitado pelo Ministério Público de São Paulo por não contar com o inquérito em anexo. Segundo o MP, ainda há prazo para que a defesa entre com novo pedido. Ontem, a polícia informou que já encerrou a fase de depoimentos e aguarda apenas a conclusão dos laudos do crime para anexar ao inquérito e encaminhá-lo à Justiça.Empresário é esquartejadoExecutivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, 42 anos, foi considerado desaparecido em 20 de maio. Sete dias depois, partes do corpo foram encontradas em Cotia, na Grande São Paulo. Segundo a investigação, o empresário foi assassinado com um tiro e depois esquartejado.  Principal suspeita de ter praticado o crime, a mulher dele, a bacharel em Direito e técnica em enfermagem Elize Araújo Kitano Matsunaga, 38 anos, teve a prisão temporária decretada pela Justiça no dia 4 de junho. Ela e Matsunaga eram casados há três anos e têm uma filha de 1 ano. O empresário era pai também de um filho de 3 anos, fruto de relacionamento anterior.De acordo com as investigações, no dia 19 de maio, a vítima entrou no apartamento do casal, na zona oeste da capital paulista e, a partir daí, as câmeras do prédio não mais registram a sua saída. No dia seguinte, a mulher aparece saindo do edifício com malas e, quando retornou, estava sem a bagagem.  Durante perícia no apartamento, foram encontrados sacos da mesma cor dos utilizados para colocar as partes do corpo esquartejado do executivo. Além disso, Elize doou três armas do marido à Guarda Civil Metropolitana de São Paulo antes de ser presa. Uma das armas tinha calibre 380, o mesmo do tiro que matou o empresário.Em depoimento dois dias depois de ser presa, Elize confessou ter matado e esquartejado o marido em um banheiro do apartamento do casal. Ela disse ter descoberto uma traição do empresário e que, durante uma discussão, foi agredida. A mulher ressaltou ter agido sozinha.Fonte: Terra