Servidores tentarão barrar registros de candidatura na Justiça

A semana de mobilização dos servidores do Judiciário Federal começou com uma assembleia que decidiu pela decretação do estado de greve da categoria no Piauí. A partir de hoje (21), o Sintrajufe-PI enviará ofício aos Tribunais no estado para informar sobre a paralisação das atividades nos próximos dias. A decisão segue orientação da Fenajufe, com os apagões para intensificar a mobilização dos servidores até o início e julho, quando os sindicatos devem paralisar os serviços nos dias de registro de candidatura (1º a 05 de julho). Os servidores no Piauí devem tentar barrar o registro de candidatura nos dias 04 e 05 de julho. O Sintrajufe orienta que no apagão da próxima quarta os servidores se vistam de preto para participar da concentração da categoria, em frente ao cartório da primeira zona eleitoral.A assembleia também decidiu discutir outras estratégias ainda neste fim de semana na rodada de debates com o advogado trabalhista da Unicamp e ex-membro da Executiva Nacional da CUT – Jorginho, da Intersindical de São Paulo. As atividades terão início no Complexo Administrativo do TRT, mais conhecido como Fazendinha, às 9h da manhã. À tarde o debate será realizado a partir das 15h na sede do Sintrajufe-PI, continuando com a programação no sábado, a partir das 9h também na sede do sindicato. Na assembleia desta quinta, servidores discutiram pontos fortes e fracos da mobilização da categoria. Entre as opiniões, a diretora Madalena Nunes alerta os servidores sobre as suposições que a Presidente Dilma faz em relação ao possível acordo com o Poder Judiciário. Segundo a diretora, desde 2010 a posição do Governo é dizer que no ano seguinte dará o aumento aos servidores, manobra utilizada para que a categoria entre em uma zona de conforto e não realize a greve.O servidor do TRE, Paulo Ferro, também alerta os servidores do TRT e Justiça Federal, de que é preciso entrar na mobilização e não deixar os servidores do TRE sozinhos. Ele concorda com os demais quando afirmam que o TRE é o ponto-chave para a greve por este ser um ano eleitoral, mas reitera que não há mobilização com a categoria dividida. Para ele, é preciso que os trabalhadores dos outros tribunais entrem na greve e deem o respaldo suficiente para que todos os servidores possam efetivar as atividades no âmbito eleitoral e finalmente conseguirem o reajuste.Da Redaçãoredacao@cidadeverde.com