PSTU defende criação de conselho municipal de segurança pública

O candidato a prefeito de Teresina pelo PSTU, Daniel Solon, defende a criação do Conselho Municipal de Segurança Pública para combater a violência na capital piauiense. “A sensação de insegurança é altíssima, em todo o país.  Mas uma pesquisa recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que no Nordeste do Brasil o problema da falta de segurança é ainda maior. Mais de 70% dos nordestinos mostram-se apavorados com os índices crescentes de violência”, afirmou Daniel Solon.

 “Sabemos que a responsabilidade de garantir segurança à população não é do município, mas isso não quer dizer que a prefeitura deve ficar de mãos atadas.  A criação de um Conselho Municipal de Segurança, com representação das comunidades,  vai permitir que a população se organize e se mobilize, para discutir e buscar saídas no sentido de garantir inclusive instrumentos populares de auto-defesa, se for preciso”, afirma Daniel Solon.

No entanto, Daniel Solon defende que a melhor forma de se garantir segurança e acabar com o problema de assaltos, arrombamentos e assassinatos é atacar a raiz do problema: a grave situação de injustiça social na cidade.  “Gerar empregos, através de um programa de obras públicas como creches, escolas, hospitais, casas populares, áreas de lazer, além de fazer reforma agrária, é mais que necessário para combater as principais causas da violência”, afirma.

Ele contesta a necessidade de se criar mais polícias ou aumentar o efetivo para melhorar a segurança. “Há uma discussão em nível nacional sobre a necessidade de se desmilitarizar a polícia. Defendemos uma polícia única, desmilitarizada, com controle social da comunidade. Os delegados devem ser eleitos pela população e terem mandatos temporários. Os mandatos devem ser revogáveis, caso não atendam ao interesse dos moradores”, continua.

Segundo Daniel Solon, “a juventude pobre, na periferia, tem sido vítima constante de extermínio, por conta da violência. Nas comunidades mais pobres, não há ações sociais do Estado. Infelizmente, não passa ônibus, ambulância, nem carro de lixo na periferia. Só camburão. Devemos combater a violência atacando as injustiças sociais”.

Ele alerta para o processo de privatização da segurança em curso em Teresina. “Há algum tempo percebemos a existência milícias privadas em Teresina, seja em bairros de alta classe, sejam em outras áreas. Guardas particulares armados atuaram inclusive na repressão aos que lutaram contra o aumento da passagem de ônibus. Isso é um grande risco para a população, que pode ser vítima da violência miliciana e de extorsões”, afirma.

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