Militantes querem ensino de história africana e secretaria da Igualdade

No Dia Nacional da Consciência Negra, que é celebrado nesta terça-feira (20), o movimento negro piauiense está defendendo a criação de secretarias de Igualdade Racial no estado e no município, além da implementação da Lei 10.639/2003 que implanta o ensino da história da África nas escolas públicas e privadas, sancionada no governo Lula em 2003. Fotos: Jonas CruzEm uma sessão solene em homenagem à data realizada na Câmara Municipal de Teresina, proposta pela vereadora Rosário Bezerra (PT), três militantes do movimento negro foram homenageados: Assunção Aguiar, fundadora do grupo Coisa de Nego; Cláudio Roberto Silva Morais, do Afro Condart e Aldacir Regina, do grupo Yabás. Cláudio Roberto confirma que houve conquistas no movimento negro, mas é preciso avançar mais, pois o preconceito ainda é forte. Segundo ele, falta interesse por parte dos pedagogos no ensino da história dos negros já que o MEC disponibiliza cursos à distância que são pouco procurados. “Estamos provocando esta discussão através de oficinas e palestras quando são solicitados por escolas”, pontua. Assunção Aguiar diz que “a história dos negros não tem sido contada nas escolas e o estado não tem se apropriado dessa bandeira. Esta é uma forma de combater o preconceito e adotar políticas mais efetivas em favor da igualdade racial”. DiretoriaLideranças do movimento negro também condenam a extinção da diretoria de igualdade racial criada no governo Wellington Dias e que foi extinta na gestão de Wilson Martins. “Era a única entidade que adotava políticas pela igualdade racial”, garante Assunção. Segundo dados do IBGE, 70% da população piauiense se declarou negra ou parda. Evelin Santos/CidadeVerde.comFlash de Yala Senaredacao@cidadeverde.com