Saúde: Diretor demitido preside CRF e disputou eleição no Piauí

Ampliada às 14h53Demitido pelo Governo do Estado sob acusação de superfaturamento em compras da Secretaria de Saúde, Osvaldo Bonfim de Carvalho é presidente do Conselho Regional de Farmácia do Piauí - CRF-PI. Ele também disputou as eleições municipais de outubro no município de Nazária, sendo candidato a prefeito pelo PT. Acabou derrotado pelo atual prefeito Ubaldo Nogueira (PTB). A assessoria do CRF-PI informou ao Cidadeverde.com que o presidente da entidade, por enquanto, não irá se pronunciar oficialmente sobre o assunto.Evelin Santos/Cidadeverde.comOsvaldo Bonfim (PT)Postada às 12h03O governador Wilson Martins (PSB) assinou na última segunda-feira (19) a demissão do bioquímico Osvaldo Bonfim de Carvalho. Ele é acusado de superfaturamento na compra de equipamentos da Secretaria de Saúde do Piauí.O indiciado era diretor do Lacen (Laboratório Central), de janeiro a julho de 2010, período em que foram constatadas as irregularidades de superfaturamento na aquisição de máquinas para a implantação do laboratório H1N1, na Unidade de Saúde do Lacen.De acordo com o Diário Oficial de ontem (22), o bioquímico autorizou, em maio de 2010, o pagamento de R$ 811.776,96 às empresas Bioquímica Distribuidora de Medicamentos LTDA (R$ 326.776,96) e Grupo Empresarial Gerafarma Distribuidora e Representações LTDA (R$ 485 mil). A Gerafarma é uma das empresas que está sendo investigada na Operação Gangrena, da Polícia Federal, por superfaturamento em licitações.Ainda segundo o documento, o valor pago pelo então diretor do Lacen não foi atestado em notas fiscais, como determina a lei. Além disso, os pagamentos foram realizados sem o recebimento dos equipamentos. Os autos constatam ainda que há uma nota fiscal datada de janeiro de 2011, no valor de R$ 84 mil, em nome da empresa Life Tecnologies Brasil. A empresa seria a fornecedora do equipamento PCR, embora o equipamento tenha sido contratado e pago junto à empresa Bioquímica Distribuidora, no valor de R$ 158 mil.O Processo Administrativo julgou outras duas servidoras: a bioquímica Margarida Moreira do Espírito Santo e a professora Roselange Maria de Araújo. Elas tiveram seus processos arquivados após a Sesapi entender que não houve qualquer ato que comprove a má conduta das servidoras. Apesar de inocentada pelo Estado, Margarida Moreira foi uma das servidoras da Sesapi que prestou depoimento na sede da Polícia Federal, na última quarta-feira (21), quando foi deflagrada a Operação Gangrena.Matérias relacionadas:PF ouve 18 acusados de participar de desvios de recursos da Sesapi; veja Advogado diz que não teme inquérito e que busca no escritório foi ilegal Controlador: Remédios custaram até 2000% a mais com fraude Telmo Mesquita nega participação em irregularidades na Sesapi Gangrena: Servidores da Sesapi envolvidos deverão ser demitidos Assis Carvalho nega envolvimento com fraude investigada pela PF PF dá voz de prisão ao diretor do DNIT na operação Gangrena Operação Gangrena: PF Piauí ouve 18 e três gestões são investigadas Sesapi divulga nota sobre a Operação Gangrena; Veja Operação da PF acha rombo de R$ 7 milhões na Secretaria de Saúde Jordana Curyredacao@cidadeverde.com