O delegado geral de Polícia Civil, James Guerra, explicou que o material encontrado ontem (4) no Palácio da Cidade não se trata de grampos telefônicos, mas de escutas ambientais. Ele também negou que os aparelhos tenham alcance de 600 metros e disse que a perícia já está sendo realizada. Fotos: Evelin Santos / Cidadeverde.com"Nós encontramos aparelhos de gravação com escuta ambiental, não tem ligação nenhuma com telefones. Foram colocados nas lâmpadas e nas tomadas para escutar o que está sendo conversado naquele ambiente. Designamos uma perícia técnica que recolheu os aparelhos para análise", destacou.Segundo o delegado, através da perícia será possível verificar se os aparelhos estavam ativos ou inativos, o alcance da escuta e se eles gravam ou apenas transmitem o áudio. "Não acredito que esse material tenha alcance de 600 metros porque não se trata de algo sofisticado, mas de algo rudimentar. A princípio cremos que o receptor não está muito distante", observou.James afirmou que a polícia foi acionada pelo secretário de Governo, Luciano Nunes (PSDB) e que amanhã será realizada outra varredura para saber se há ou não outros pontos de escuta. "São aparelhos de instalação tão simples que podem ser colocados por qualquer pessoa. A aquisição deles também é fácil, seja através da internet ou locais públicos. Mas, mesmo que tenha gravado algo, não servirá do ponto de vista processual", ressaltou. A prefeitura registrou Boletim de Ocorrência sobre o fato. A polícia tem 30 dias para finalizar as investigações ou pedir prorrogação de prazo.Matérias relacionadas:"Grampos foram plantados para me denegrir", diz Elmano Férrer Peritos fazem varreduras na PMT após encontrar grampos no Palácio Firmino encontra "grampos" em telefone e luminárias na prefeitura Jordana Curyjordanacury@cidadeverde.com