Diretor diz que "pseudo abertura" do HU prejudica Hospital Getúlio Vargas

O diretor do Hospital Getúlio Vargas (HGV), Carlos Iglesias Brandão Oliveira, declarou no Jornal do Piauí desta quarta-feira (03) que a grande fila de espera no atendimento do hospital ocorre devido a "pseudo abertura" do Hospital Universitário.Fotos: Evelin Santos / Cidadeverde.comO diretor chamou a atenção para a morosidade do HU no atendimento de casos de maior complexidade, uma vez que segundo ele, apenas consultas primárias estão sendo realizadas.“Há uma onerosidade na realização de atendimentos à população. A proposta inicial era o HU se integrar às demais unidades de saúde, mas não é isso que está acontecendo. Há um desperdício, pois um patrimônio como aquele já era pra ter sido incorporado à sociedade”, disse Carlos Iglesias.Para o diretor, a falta de estrutura física em determinados postos de saúde para atendimentos de maior complexidade resulta em uma deficiência do sistema que acaba gerando críticas ao HGV e ao HUT. "Se todo hospital fizesse seu papel não haveria críticas".“Nós trabalhamos no limite da nossa capacidade, porém realizamos aquém daquilo que poderíamos. Isso por que há uma escassez nos nossos recursos humanos. Hoje nossos funcionários têm que trabalhar dobrado, sendo necessário pagarmos horas extras. Nós atendemos pacientes oriundos do interior, de outras unidades de saúde da capital, bem como de outros Estados”, explicou Carlos Iglesias.Falta de leitos no HGVDe acordo com Carlos Iglesias, o hospital Getúlio Vargas hoje possui 30 leitos com diferentes especializações. São atendidos por mês cerca de 3.500 pacientes nas mais diferentes áreas. Também são realizadas em torno de 700 cirurgias de alta e média complexidade.“É preciso que a população entenda que a falta de leito às vezes ocorre por que cada caso necessita de um atendimento específico. Não é possível encaminhar um paciente que necessita de atendimento ortopédico a um leito de atendimento dermatológico, pois ele não seria bem assistido. Isso é agravado por que realizamos atendimentos a pacientes oriundos do interior e de outras unidades. A distribuição dos pacientes não é feito por nós. Há uma funcionária encarregada diariamente de ligar para informar a rede à quantidade de leitos disponíveis. O HUT que faz essa seleção”, explicou.O gestor explicou ainda que o Hospital Getúlio Vargas, além de ser um hospital assistencial, também atua na área do ensino, possuindo atualmente dez programas na área de residência médica. Geísa Chaves (Especial para o Cidadeverde.com)redacao@cidadeverde.com