O presidente do Sindicado dos Educadores, Francisco Gregório Júnior, informou ao Cidadeverde.com que pedirá ao secretário da Sasc, Francisco Guedes, o afastamento do diretor do CEM, capitão Otoniel das Chagas Bisneto. O sindicalista acusa o diretor de humilhar e assediar moralmente os educadores da Casa.Fotos: Jordana Cury / Cidadeverde.com"A pressão aos educadores é muito grande. Um deles até se demitiu recentemente. O diretor não aceita nenhuma conduta diferente do que ele acredita ser certo e todos têm que seguir o que ele quer, sem reclamar. Do contrário ele ameaça demitir ou devolver o educador à Secretaria", disse Gregório.O sindicalista caracterizou o CEM como "um barril de pólvora" e disse que o que viu depois da rebelião foi "um cenário de destruição". Francisco Gregório destacou que, além do afastamento do capitão, pedirá a realização de concurso público, pois o número de educadores efetivos no Piauí é insuficiente para atender à demanda."A Legislação diz que é necessário um educador para cada três internos. O que tínhamos até ontem era um quadro de 12 educadores para os 48 internos do CEM. No momento da rebelião, havia apenas quatro educadores e quatro policiais de plantão. O sentimento é de insegurança", disse. Gregório acrescentou que o salário da categoria é de R$ 1.100 para 44 horas semanais.De acordo com dados do sindicato, há 16 unidades educativas para menores infratores no Piauí, 89 educadores efetivos e 112 terceirizados.Matérias relacionadas:Jovens internos promovem rebelião no Centro Educacional Masculino Internos que lideraram rebelião do CEM vão para a Casa de Custódia Jordana Cury e Yala Senaredacao@cidadeverde.com