Portaria do Conselho de Veterinária proíbe corte de cauda de cães

Está em vigor desde o dia 18 de junho, a resolução 1.027 do Conselho Federal de Medicina Veterinária proíbe corte os procedimentos de corte de cauda (caudectomia), orelhas (conchectomia) e cordas vocais (cordectomia) nos cães e das unhas (onicectomia) de gatos. Dessa forma, a clínicas de animais estão impedidas de realizar estas cirurgias. Caroline Oliveira/CidadeVerde.comSegundo Cláudia Magalhães, membro do conselho de bioética do Conselho Regional de Medicina Veterinária, a medida era esperada por muitos amantes dos animais. “O corte da cauda existia antigamente no tempo em que a maioria dos cães era utilizada para caça. Hoje em dia a maioria das pessoas fica com os animais em casa, por isso o procedimento não é mais justificado”, afirma. A veterinária faz uma comparação com os seres humanos: “houve um caso recentemente de que um adolescente teve todos os dentes retirados porque tinha problemas mentais. Ele passou a mudar o seu comportamento por causa disso. Quando se corta as orelhas e o rabo de um cão ou gato, você tira uma forma de comunicação além de cortar um prolongamento da coluna do animal que ajuda no equilíbrio e poder provocar problemas como infecções”.AbandonoMagalhães acrescenta que em Teresina um problema grave relacionado aos bichos é o abandono. “Os donos se livram de ninhadas inteiras, daqueles que estão mais velhos e doentes. Às vezes um cão tem apenas carrapato, mas a pessoa não quer gastar para curá-lo e o coloca na rua ou manda para sacrificar”, elenca. De acordo com a veterinária, as cidades que adotaram políticas de estímulo à castração de cães e gatos tiveram redução no número de abandonos e problemas de saúde relacionados a estes animais. “Sou a favor da castração porque as pessoas criam os animais para companhia, não para multiplicação”, diz.Carlos Lustosa Filhoredacao@cidadeverde.com
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