Tony:Papa foi "furacão" e mostra que igreja deve deixar burocracia

O vigário geral de Teresina, padre Tony Batista, avaliou a Jornada Mundial da Juventude realizada no Rio de Janeiro e a mensagem deixada pelo Papa Francisco. Segundo o sacerdote, a visita do Santo Padre ao Brasil foi um "furacão" e demonstrou a necessidade que a igreja tem de mudanças.Fotos: Yala Sena"Talvez a palavra não seja tão clara, mas é um furacão. Diante dessa humildade, dessa simplicidade e pobreza está a força de Deus. O Papa é um homem simples. Ele não obriga ninguém à simplicidade, mas o testemunho dele vai arrastar as pessoas", explicou Tony Batista em entrevista ao Notícia da Manhã desta segunda-feira (29).Para o vigário geral, a simplicidade e humildade do Papa, que preferiu utilizar o um veículo popular para transitar pelas ruas do rio, e a proximidade com o povo são os principais exemplos a serem seguidos. "É como ele disse em entrevista, falta aproximação dos pastores [católicos] com o povo. A igreja ficou dando expediente, ficou assinando papel, cumprindo a parte burocrática, mas o povo quer o pastor por perto. O testemunho do Papa mostra os rumos que os seminários devem tomar", enfatizou.Tony Batista elogiou a organização do evento, que reuniu mais de 3,2 milhões de peregrinos na praia de Copacabana para a Missa de Envio. "O poder público fez o possível. Podem criticar, mas não há como uma cidade receber 3 milhões de visitantes e ter lugar no ônibus para todos", ponderou.A próxima JMJ será realizada em Cracóvia, na Polônia, terra do Papa João Paulo II. "Até lá, ele já vai estar canonizado e vai ser uma festa. Aqui foi rápido, mas foi muito intenso, muito marcante", finalizou.Jordana Curyjordanacury@cidadeverde.com