SUS:Teresina está sem serviço cardiovascular, denuncia vereadora

Os dois únicos hospitais particulares que realizavam serviços cardiovasculares em Teresina - abrangendo pacientes de todo o Piauí - deixaram de atender pelo SUS há uma semana. A denúncia foi feita na sessão de hoje (13) da Câmara Municipal pela vereadora Teresa Britto (PV), que foi comunicada do problema por um médico do Hospital de Urgência de Teresina (HUT).Entre os serviços que deixaram de ser feitos pelo SUS está hemodiálise, transplante de rins, ponte de safena, angioplastia e cateterismo. A vereadora, que é presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, vai encaminhar a denúncia após a sessão ao Ministério Público Estadual, exigindo uma medida preventiva para impedir que aconteçam mortes e solicitando celeridade no restabelecimento dos convênios. "Não é por omissão da Câmara de Vereadores e da Comissão de Saúde que haverão mortes em Teresina devido à falta desses serviços", afirmou.Segundo Teresa Britto, o médico do HUT lhe informou que os hospitais Santa Maria e Casamater fecharam o serviço e os hospitais públicos que deveriam oferecer essa retaguarda - Hospital Getúlio Vargas e Hospital Universitário - não estão cumprindo com suas funções, levando os pacientes à morte caso o atendimento não seja estabelecido urgentemente."No HUT não tem esses serviços. No momento, só pode fazer quem tem plano de saúde ou dinheiro para pagar. Em Teresina e, consequentemente, no Estado do Piauí as pessoas que estão necessitando e venham a necessitar de serviços hemodinâmicos e cardiovasculares estão fadadas à morte. Quem precisar de exames cardiovascular como cateterismo, angioplastia, ponte de safena, entre outros procedimentos, não os fará pelo SUS", denunciou a parlamentar.O vereador Carlos Filho (PTB), membro da Comissão de Saúde, apoiou a iniciativa e lembrou que os hospitais de Teresina não estão realizando simples cirurgias eletivas, como de vesícula. "Mesmo sendo agendadas, as cirurgias de vesícula passam até seis meses para serem realizadas, cirurgia ginecológica nem se fala. Isso não pode continuar", criticou.redacao@cidadeverde.com