Luiza Valdetaro posa em clima de cabaré

Aos 28 anos e no ar em "Joia Rara" como a mocinha Hilda Hauser, Luiza Valdetaro teve de encarar uma rotina intensa de aulas de canto, já que o sonho de sua personagem é se tornar uma cantora de cabaré. "Tive algumas aulas voltadas para o canto na faculdade de teatro, mas nunca tinha feito isso profissionalmente. Acho que todo desafio é interessante. Gera insegurança, sem dúvida nenhuma, mas é o que nos faz 'correr mais atrás' para entregar o resultado", diz a atriz.Em contraponto ao estilo puritano da personagem que interpreta na novela das 18h, convidamos Luiza para mostrar looks inspirados no universo do cabaré em um ensaio de modaque aconteceu na Casa de Arte e Cultura Julieta de Serpa, no Rio."Joia rara" marca a terceira novela seguida – depois de “Cordel Encantado” e “Gabriela” - em que Valdetaro interpreta uma mocinha de época, mas a atriz garante não ter medo de ficar estigmatizada. "Acredito que cada personagem é único, não tem jeito. Além disso, cada vez mais a gente tenta humanizar os personagens, porque ninguém é apenas bom ou mau. O vilão não é só mau nem a mocinha é só boa. Mas acho que seria interessante interpretar alguém com uma energia mais para o lado da maldade, quem sabe. Tudo tem seu tempo. Uma hora vai vir".Próxima dos 30 anos, Luiza não tem medo de entrar para a turma das balzaquianas. "Acho ótimo! Tenho ansiedade zero, até porque acho que o número é o que menos importa. O que vale é a gente saber aproveitar cada ano que passou da vida para agregar coisas novas, valores e conceitos. A única coisa que sei de fato é que, quanto mais vivemos, mais aprendemos. Então, se o número da idade é alto, teoricamente a sabedoria e a plenitude são maiores também", filosofa."Temos que aprender que o passar do tempo é uma troca. A pele cai e a beleza da juventude vai embora, mas ganhamos a beleza da idade e da sabedoria", diz.O mesmo tom sereno é o que a atriz usa para falar sobre a doença da filha, de 5 anos, que foi diagnosticada com leucemia em 2012. Quase na fase final do tratamento, que deve acabar em meados de abril do ano que vem, Valdetaro faz um balanço. "É difícil de ser sucinta sobre isso, mas posso dizer que o saldo é positivo para todos nós. Pode-se dizer que conseguimos fazer uma limonada com o limão. Sempre fomos muito unidos como família, mas conseguimos descobrir valores na vida muito bonitos".Mais magra 'sem querer'Visivelmente mais magra, Luiza conta que a boa forma veio "quase sem querer". "Minha alimentação não mudou muito e vou te dizer que não sigo nenhuma dessas dietas sem glúten ou lactose, nada disso. Acho que  alguns fatores que contribuíram para isso. O primeiro é que fiquei de férias após 'Gabriela' [que terminou no fim de 2012] e, com isso, consegui ter uma vida mais regrada, comer direitinho e fazer exercício físico. O segundo fator é que coloquei o DIU [dispositivo intra-uterino] e parei de tomar anticoncepcional, que retém muito líquido, então acho que isso também ajuda, porque dá uma desinchada", explica.Segundo ela, manter o corpo em dia não tem segredo. "Acho que todo mundo sabe o que é bom e o que não é, o que é calórico e o que não é. Não tem mágica. A questão é ter consciência dos alimentos que você ingere. Gosto de saladas, legumes, carne branca e coisas saudáveis, mas, eventualmente, vou comer batata frita ou tomar sorvete para me sentir mais feliz. No dia seguinte compenso, comendo menos ou correndo um quilômetro a mais na esteira. Agora, não vou deixar de comer o pãozinho do couvert com manteiga porque tem farinha branca e glúten. A questão é não comer a cesta inteira. Tem que ter equilíbrio".Fã de corrida, Luiza costuma subir na esteira três vezes por semana. "Também faço uma aula de localizada mesclada a exercícios funcionais que é 'pauleira'. Na verdade, a chave do negócio é o meu professor, Fábio Amed. Ele costuma brincar que, no 'Dia do Mágico', ele é quem tem que ganhar uma salva de palmas", conta ela. "Quando dá, também vou à equitação, que é uma atividade que fiz na adolescência e retomei um tempo atrás".Fonte: Ego