Amadeu e Galego visitam jovens do Centro Educacional Masculino

O jornalista Gomes de Oliveira, o Galego, e o apresentador, Amadeu Campos, visitaram nesta sexta-feira (13) o Centro Educacional Masculino e presenciaram a realidade dos adolescentes piauienses que cumprem medidas socioeducativas no local. Esta a primeira vez que uma equipe de TV entra e mostra a realidade do local. Também foram gravadas reportagens que serão exibidas no Jornal do Piauí. Reprodução TV Cidade VerdeO objetivo, segundo Amadeu Campos, era apresentar ao Galego como os jovens eram tratados e observar in loco se eles poderiam se redimir das infrações que cometeram. O coordenador do CEM, Otoniel Bisneto, acompanhou os visitantes e mostrou as instalações e os servidores que atuam junto aos adolescentes. “Aqui os profissionais respeitam a dignidade. Se o adolescente comete um erro lá fora e vem pra cá, é papel do Governo que ele refaça a sua vida. Estamos abrindo as nossas portas para mostrar às famílias que eles estão sendo bem tratados e com suas cabeças trabalhadas para que que quando saírem, não enveredem para o mundo do crime”, pontuou. Os jornalistas chegaram com sua equipe às 10h30 e ficaram até o horário de almoço. Galego comeu no refeitório, junto com os adolescentes e aprovou a refeição. “Mamão com açúcar”, avaliou o prato composto por arroz, feijão, carne assada, paçoca e salada. Amadeu perguntou aos jovens, que não foram identificados, sobre problemas de relacionamento entre os internos, estudo e religiosidade. Embora os que acompanharam a transmissão da TV, tenham negado atritos entre eles, Bisneto afirma que os desentendimentos acontecem. “Muitas vezes isso vem de fora. O que nós fazemos é colocar os dois cara-a-cara, chamar pais e mães, assistente social, psicólogo e tentar resolver tudo na base do diálogo. Não podemos mascarar nada”, afirma. “É bom quando constatamos a realidade das coisas. Fomos bem recebidos, a comida é boa, debatemos com as psicólogas. E isso é importante para reeducar estes jovens porque a educação de hoje é uma das piores. Não se respeita mais pai e mãe”, completou Galego que diz ter mudado de opinião e acreditar que os infratores possam se redimir. O coordenador do CEM lembrou de um caso exitoso que é motivo de orgulho para todo o Centro. “Tivemos um jovem que passou um ano e meio aqui. Quando ele saiu, virou camelô, depois colocou uma loja e hoje é empresário. Mas casos como este ainda são minoria por isso que a família tem um papel de suma importância”, afirma Otoniel Bisneto. Segundo ele, índices mostram que cerca de 20% dos adolescentes infratores que passam por locais como o CEM conseguem não voltar para a vida de crime. Os 80% acabam sendo presos após completar a maioridade ou morrem em decorrência da vida de criminalidade. Carlos Lustosa Filhoredacao@cidadeverde.com