Mulheres esperam remuneração 35% menor que homens, diz estudo

Desde a entrada da mulher no mercado de trabalho, o mundo ainda não assistiu a verdadeira equidade de gênero. Pouco importa o cargo ou o país onde moram, as mulheres ainda ganham menos – e também esperam menos – que os homens.Essa é um dos diagnósticos apontados pelo site de vagas Trampos.co na aspiração salarial de seus 46 mil cadastrados. Com 51% dos registros de mulheres, a equipe de pesquisa do site identificou que mulheres mostram pretensões salariais menores que as dos homens.As variações são grandes. Na área de comunicação, enquanto as jornalistas pensam num salário de R$ 2,9 mil, os homens querem apenas 2% a mais. Na outra ponta, no entanto, entre os profissionais de Rádio e Televisão, a diferença de aspiração salarial entre homens e mulheres chega a 25% – a mais, para eles.No departamento de tecnologia, a diferença pode ser até maior entre os programadores – mulheres esperam ganhar 35% menos que os rapazes, embora elas sejam apenas 10% do total de candidatos às vagas.Mesmo assim, entre os cadastrados, mais mulheres possuem pós-graduação. Delas, 15% já buscaram algo mais além da faculdade, enquanto apenas 13% dos homens foram além do curso superior.Essa certa timidez no que tange o reconhecimento das próprias habilidades não é nova e foi tema central de um dos livros mais vendidos de 2013, “Faça acontecer”, da diretora operacional do Facebook, Sheryl Sandberg.A executiva pontua que a revolução feminista está estagnada, como também sinaliza a preocupação da mulher com a maternidade e com a fuga dos estereótipos de mandona e autoritária quando está na liderança. “Mulheres não estão chegando ao topo em qualquer profissão em nenhum lugar do mundo”, afirma.O fato é que o assunto é polêmico. Recentemente, foi a diretora-presidente da GM, Mary Barra, quem virou alvo no debate. A remuneração base dela seria US$ 100 mil menor que a de seu antecessor Dan Akerson que, por sinal, segue como consultor da montadora.Fonte: IG