Museu do Piauí realiza a 11ª edição da Semana dos Povos Indígenas

O museu do Piauí está realizando a 11ª Semana dos Povos Indígenas. A programação iniciou na manhã desta quarta-feira (23), e segue até o dia (25). O evento tem o objetivo de permitir que os índios piauienses tenham mais visibilidade e apresentar as suas reivindicações. Estiveram presentes à solenidade representantes da etnia Tabajaras, de Piripiri, Piauí, e Poranga, no Ceará;  Fundação Nacional do Índio (Funai), Fundação Cultural do Piauí (Fundac), estudantes e professores.Marcelo Rodrigues/CcomDurante a abertura do evento foi realizada uma apresentação do ritual indígena Toré, além da apresentação do plano de trabalho da Funai para o Piauí no ano corrente. Na oportunidade, Romeu Tavares, indigenista e chefe da coordenação técnica em Piripiri, ressaltou a importância do evento. “Esse evento é fundamental, pois dentre outras coisas, o índio piauiense necessita de mais visibilidade. E trabalhar a questão da visibilidade é uma das nossas metas para esse ano, além da qualificação da terra para o povo indígena”, afirma Romeu Tavares.Para Dora Medeiros, diretora do Museu do Piauí, a semana tem o intuito de homenagear o índio piauiense. “Temos o intuito de comemorar e homenagear ao índio, além de permitir que estes tenham oportunidade de mostrar elementos da sua cultura, além de dar visibilidade às suas necessidades”, comenta.O presidente da Fundac afirmou que o Governo do Estado do Piauí, através da Fundac está aberto a parcerias com as comunidades indígenas. “O Governo do Estado está aberto a colaborar com a causa indígena. Estamos abertos a parcerias, pois o Brasil tem um débito enorme com esse povo’’, conta.Para o cacique José Guilherme, presidente da Associação Itacoatiara, eventos como esse são de suma importância. “Essa iniciativa é muito boa, pois contribui para a valorização das nossas raízes”, analisa. Professores e alunos aprovam a iniciativa. Para o professor de História Sérgio Monteiro, essa é a oportunidade dos alunos terem contato com um conteúdo que já foi abordado em sala de aula. “Nas escolas, apesar de trabalharmos a cultura indígena, por exemplo, nós não temos contato com o concreto e essa é uma oportunidade de sentir a cultura desse povo de perto”, afirma.A estudante Joice Cristina, 12 anos, conta que essa foi uma experiência muito gratificante. “Essa é a primeira vez que eu venho ao museu e estou gostando muito, pois estou conhecendo um pouco mais da cultura indígena”, disse.Da Redaçãoredacao@cidadeverde.com