O Rio de Janeiro recebeu nesta quarta-feira o III Seminário de Gestão Esportiva FGV, encontro em parceria com a Fifa que atraiu a presença de dirigentes de clubes do Brasil. Durante a tarde, os cartolas de oito times se reuniram e assinaram um documento em que pedem que a Lei de Responsabilidade Fiscal seja votada no congresso e que a presidente Dilma Rousseff os receba para uma audiência.

A lei submete a dívida de clubes à taxa de juros de longo prazo (TJLP). O projeto unifica as dívidas dos clubes - com imposto de renda, INSS, FGTS, por exemplo - e estipula o pagamento dos débitos em até 25 anos. A matéria prevê a responsabilização pessoal de dirigentes e pode levar clubes caloteiros ao rebaixamento.

"O consenso nosso foi que o problema mais urgente é a lei de responsabilidade fiscal dos clubes que está para ser votado no plenário. Estamos aguardando por quer entendemos que é um marco necessário por uma nova governança para o futebol brasileiro", disse o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello.

"Seria um escalonamento, sem perdão ou anistia, mas para que os clubes possam se adequar a essa nova realidade. Obviamente vai ser melhor para o Flamengo, para os clubes e para a união, que pode arrecadar cerca de R$ 140 milhões por ano", completou o dirigente.

O encontro com a presidente Dilma já havia sido mencionado pelo são-paulino Carlos Miguel Aidar, um dos organizadores da reunião desta quarta. O presidente do clube do Morumbi ainda afirmou que espera que a iniciativa possa resultar em uma união maior entre os times do Brasil.

Fonte: Terra