HGV e HU precisam disponibilizar UTIs, diz presidente da Fundação Hospitalar

Quem já passou pela dificuldade de buscar vaga de um leito numa Unidade de Terapia Intensiva no Piauí sabe que a falta de UTIs é um problema grave no Estado. O déficit chega a 100 unidades, segundo dados da Associação dos Médicos Intensivistas de Teresina. A solução apontada pelo presidente da Fundação Hospitalar de Teresina, Aderivaldo Andrade, responsável pelos hospitais municipais da capital, é a abertura de novos leitos no HGV e HU.

 

 

Andrade rebate as críticas que o Hospital de Urgência de Teresina recebe sobre os leitos de UTI. “A situação não é fácil. Adaptamos áreas, estamos fazendo uma reforma e estamos em sobrecarga, porque recebemos doentes graves de todo o Piauí e parte do Maranhão. Dispomos de 44 leitos, e temos uma ala intermediária para dez pacientes. Não podemos receber mais. O atendimento não está o ideal porque na nossa UTI está lotada com politraumatizados e idosos. Precisamos da retaguarda do HGV e do HU”, afirma. 

Segundo gestor, o hospital da Polícia Militar Dirceu Arcoverde também já estaria reservando um espaço com dez vagas para UTI. “O Hospital Universitário tinha uma previsão para abrir cinco ou dez vagas. Sabemos que ainda há dificuldades mas não sabemos porque não abriram ainda. O HGV está com a UTI fechada desde agosto de 2010. É preciso que estes leitos sejam disponibilizados não só aqui como também nos polos regionais e em Caxias. Quando isso acontecer o atendimento no HUT seria de excelente qualidade”, descreve. 

HUT O diretor do HUT Gilberto Albuquerque explica que o hospital tem 44 leitos de UTI atualmente e até o final do ano mais trinta estarão disponíveis. “O HUT deveria ter 6% dos seus leitos em UTI, o que corresponderia a 18 unidades. Temos 44. Quase três vezes o número. Não é aqui que faltam leitos. Se não houver construção de novos em outros hospitais todas as pessoas continuarão migrando para cá”, reclama.

 

 

 

Carlos Lustosa Filho redacao@cidadeverde.com