Pronta desde agosto, UPA do Renascença aguarda decisão política para funcionar

Com instalações prontas desde agosto, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Renascença, zona Sudeste de Teresina (PI), aguarda uma decisão política para começar a funcionar. A Prefeitura apresentou projeto para que uma Organização Social (OS) administre o local. Retirada de pauta duas vezes, a proposta voltará ao plenário da Câmara nesta quinta-feira (29), mas enfrenta oposição de vereadores e entidades de profissionais da área de saúde.

A obra de construção da UPA demandou pouco mais de R$ 3 milhões, em parceria do Ministério da Sáude com a Prefeitura de Teresina. Na manhã desta quarta-feira (29), a unidade que poderia receber pacientes e reduzir a demanda do HUT era observada por um vigia. 

A UPA foi construída para reforçar o atendimento médico na região atendendo casos de menor gravidade que acabam indo para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT). A unidade de saúde tem estrutura de hospital, com raio X, três enfermarias com quatro leitos cada, seis consultórios médicos e um odontológico, salas para repouso, vacinação, inalação e observação. 

Segundo a assessora especial para abertura das UPAS, Juracília Jericó, mais da metade dos equipamentos necessários para a unidade do Renascença já estão instalados, restando alguns detalhes, como monitores e a climatização. 

A UPA deverá funcionar o dia todo e servirá como unidade de saúde intermediária. Nela, os pacientes não poderão ficar internados por mais de 24 horas, devendo serem transferidos para outros hospitais, de acordo com a gravidade de cada caso. 

A Prefeitura defende que uma organização social administre a UPA - no caso a Associação Reabilitar, a mesma que cuida do Centro Integrado de Reabilitação (CEIR), mantido pelo Governo do Piauí. Trabalhadores da área de saúde contestam a medida e querem que profissionais sejam admitidos por meio concurso público. Vereadores da oposição já apresentaram emenda ao projeto. 

Caso a Câmara consiga votar o projeto nesta quinta-feira, o início do funcionamento da UPA deve ser breve. Perguntada pelo Cidadeverde.com sobre o assunto, Juracília Jericó evitou dar prazos, mas afirmou que em curto tempo - cerca de dois meses - podem ser suficientes para resolver os trâmites necessários para que a UPA abra suas portas ao público. 

Fábio Lima fabiolima@cidadeverde.com