Prefeitura vai cobrar retomada de obras pela Agespisa

O presidente da Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos de Teresina (Arsete), Paulo Vilarinho, disse hoje (23), durante entrevista ao Jornal Cidade Verde, que o órgão vai cobrar da Agespisa a retomada de obras consideradas essenciais para resolver o problema de abastecimento de água em várias regiões da cidade. O caso é mais grave na zona norte da capital.

"Temos que cobrar da Agespisa o cumprimento previsto do programa. Existem obras paralisadas como a ETA da zona norte. Seria a solução para o problema. Não adianta mais perfurar poço na zona norte. No caso da zona sul, tem água suficiente, o problema são os vazamentos. A água que é produzida termina sendo jogada fora", disse o presidente, ressaltando que o desperdício em Teresina chega a 50%.

O serviço de abastecimento de água e esgotamento em Teresina é uma atribuição do município, no entanto, a função foi delegada para a Agespisa através de uma concessão. Em 2013, o prefeito Firmino Filho ameaçou romper com a empresa em virtude do colapso no abastecimento em vários bairros da cidade. Com a possibilidade de a Agespisa virar uma autarquia, a discussão deve voltar, caso a empresa não responda com investimentos.

"A gente contratou a FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) no ano passado para fazer um estudo de viabilidade, mas isso está guardado e estamos aguardando as atitudes e soluções que o novo governador está prometendo pra Agespisa. A solução é a retomada das obras", destaca.

Ainda de acordo com o presidente, a falta de água é mais grave na periferia. "A periferia é a ponta, onde está mais distante da produção de água. Os reservatórios estão parados. Teresina cresceu muito e a Agespisa perdeu a capacidade de investir", finalizou.

Hérlon Moraes herlonmoraes@cidadeverde.com