Menor que matou policial fez “gesto de vitória”, revela delegado Baretta

O coordenador da Delegacia de Homicídios, delegado Francisco Baretta, revelou que o adolescente apreendido acusado da morte do policial militar, na última sexta-feira, fez “gesto de vitória” ao ser detido pela policia. Ao falar sobre o perfil do menor, Baretta disse que o adolescente tem característica de “psicopata” e é “muito frio”.

“Ele fez gesto de vitória ao ser detido pela polícia”, disse Baretta se referindo ao menor de 17 anos que foi apreendido acusado de ter atirado contra o policial, que fazia a segurança do filho do governador Wellington Dias (PT).  

Fotos: Carlos Lustosa/Cidadeverde.com

 

Baretta revelou ainda que o policial militar deixou sinais para a identificação dos acusados durante o homicídio. Um maior de idade e três adolescentes foram detidos em menos de 24 horas após a morte do policial.

“O soldado foi muito profissional até seu último momento e a posição que ele caiu, foi possível colher muitas informações que identificaram a assinatura dos criminosos. Ele também baleou um deles no braço, teve a oportunidade de atirar na cabeça, mas mesmo assim não o fez”, destacou.

Baretta disse ainda que o grupo de jovens é responsável por vários crimes em bairros da zona Leste da cidade, como Morada do Sol e bairro de Fátima. Ele explica que antes do homicídio eles estacionaram o celta na esquina e dois deles armados foram até a residência onde o filho do governador participava de um ato religioso com amigos. 

Foto: Arquivo Pessoal

 “As pessoas da casa estavam retirando as coisas de dentro do carro que estava estacionado na frente da residência e o soldado percebeu a movimentação estranha. Um deles avisou que estava com um ferro (arma) e o militar tomou posição para se defender, ele conseguiu atirar no braço de um deles, mas o outro veio por trás e não foi visto, porque o porta mala estava aberto. Em depoimento, ele declarou que seria o policial ou ele”, descreve o delegado. 

O adolescente baleado foi levado pelos companheiros para o hospital do Dirceu e em seguida ao HUT. Ele teria tentado despistar os policiais com informações falsas, mas em seguida confessou o crime ao delegado Humberto Mácola, que foi ao local. 

A maioria dos acusados é da Vila Coronel Carlos Falcão, no bairro Dirceu. Nos depoimentos, eles disseram que saíram para fazer “rolé” e procuravam as vitimas menos protegidas, saindo ou chegando em casa. 

O delegado revelou que eles escolhiam o considerado mais destemido para ir na frente e fazer a abordagem e foi o de 17 anos que matou o policial. 

“Para mim, ele é um psicopata e tem que ser extirpado do seio da sociedade e se voltar para rua ele volta delinquir. Durante as fotos que fizemos, ele fazia sinal do 'V' de vitória e parecia que não estava acontecendo nada. Tenho 35 anos, mas a cada dia a gente se surpreende”, declarou Baretta. 

Ele informou que o crime está completamente elucidado, sendo três de 17 anos e um quarto identificado como Wellington Bruno Pereira Santos de 18 anos, completado no dia 24 de janeiro. 

Flash de Carlos Lustosa Redação Caroline Oliveira redacao@cidadeverde.com