O deputado estadual Fábio Novo (PT) explicou que sua possível saída da liderança do governo na Assembleia Legislativa não está relacionada à aproximação com a oposição, mas sim com o resultado das Comissões Técnicas. Segundo o parlamentar, o governo tem "falsa maioria" na Casa.

"Não posso esconder minha opinião pessoal. Houve quebra de acordo na composição das Comissões. Eu disse que a CCJ poderia ficar com um dos três: Flávio Nogueira, Gessivaldo Isaías ou Júlio Arcoverde, mas não com Robert Rios. Essa foi a gota d'água. A bancada parece ser do governo, mas não é. Você tem o direito de ser governo ou oposição, mas eu prefiro uma minoria qualificada do que uma falsa maioria", disparou o deputado, em entrevista ao Jornal do Piauí desta terça-feira (10).

Novo acrescentou que não está feliz na atual situação, como líder do governo na Alepi, mas que, por recomendação de Wellington Dias (PT), só tomará uma decisão definitiva sobre sua saída entre esta quarta e quinta-feira (12).

 

 

"Posso contribuir muito para o governo, mas ninguém me estupra. Ninguém pede para eu ficar em uma situação em que não sou feliz. Tem que haver uma conversa franca para saber quem é governo e quem é oposição. Eu disse ao governador que meu coração está pedindo para eu não ficar. Estou bastante reflexivo", completou o petista.

Fábio Novo esclareceu que sua insatisfação nada tem a aproximação do governo com a oposição. "Elegemos o governador do Piauí, mas não elegemos maioria na Assembleia, por isso, é natural que se procure contato com a oposição. Eu tenho 40 anos e seria um tolo, ingênuo e imaturo se não dialogasse com a oposição", finalizou.

Jordana Cury jordanacury@cidadeverde.com