Depois da Secretaria Estadual de Justiça abrir uma sindicância para investigar denúncias de torturas na penitenciária Irmão Guido, a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) afirmou que caso a denuncia seja comprovada, os responsáveis pela agressão podem ser suspensos ou até demitidos.
Familiares dos presos procuraram a Comissão de Direitos Humanos da OAB para relatar os maus tratos e as torturas. Segundo as denúncias, os presos são submetidos a técnicas de torturas praticadas por agentes penitenciários que estariam agredindo os presos com garrafas pets cheias de água. Através dessa técnica, a vítimas não apresentariam hematomas externos, o que faz com que os machucados não sejam detectados no exame de corpo delito feito no Instituto Médico Legal (IML).
Em entrevista ao Jornal do Piauí desta quarta-feira (25), o assessor técnico da OAB, Carlos Edilson, explicou que nesse caso a sindicância deverá ser pautada nas provas testemunhais. "Vamos ouvir os presos, familiares e internos. Depois que as denúncias forem averiguadas, e seja comprovado que realmente houve tortura, os responsáveis pela agressão podem ser suspensos ou até demitidos", informou.
Outra forma de violência que está sendo investigada pela Secretaria de Justiça é a de torcer as articulações do corpo do preso, o que causaria dores insuportáveis às vítimas. Segundo relatos de familiares, os detentos estão sujeitos também a mais outro tipo de violência na qual os agressores utilizam sacos plásticos para sufocamento.
Segundo a Comissão de Direitos Humanos da OAB, a sindicância tem o prazo de 30 dias para averiguar as denuncias.
Lucas Marreiros (Especial para o Cidadeverde.com) redacao@cidadeverde.com