Tia confirma ameaças de que em Castelo menor seria queimado

A tia do adolescente Gleison Vieira da Silva, 17 anos, morto na noite de ontem (16) no Centro Educacional Masculino (CEM), revelou antes do enterrro do rapaz, realizado no cemitério Santa Cruz, no bairro Promorar, em Teresina, no final da tarde desta sexta-feira, que a família resolveu não levar o corpo para Castelo do Piauí com medo de represárias.

Foto; Tiago Amaral/Cidadeverde.com

Segundo Maria Francisca Vieira, 65 anos, a família desistiu de realizar o enterro em Castelo quando soube de ameaças dando conta que, ao chegar ao município, populares iriam colocar fogo no caixão. 

"Ela não levou ele pra lá, pois na última hora de sair, muita gente não quer que a gente fale isso, mas eu falo, porque foi verdade, que se levasse o corpo pra lá iam tocar fogo no caixão com o corpo dentro. Aí ela resolveu enterrar aqui mesmo", relatou ao Cidadeverde.com

A tia do adolescente afirmou ainda que não foi surpresa a notícia de que o garoto havia sido assassinado. "De matarem ele aqui, a gente já pensava isso mesmo. A gente não esperava nada bom de nenhum deles", declarou.

Maria Francisca Vieira é vizinha da mãe do adolescente e disse que nunca que ele estava sendo ameaçado. "Não reclamava de que eles estavam ameaçando. O que sei é isso", afirmou.

Mãe pediu perdão

A mãe do jovem morto no Cem chegou bastante abalada ao cemitério do bairro Promorar. Ela pediu perdão ao filho por realizar o sepultamento em Teresina. A mãe chegou amparada pelo marido, uma irmã e uma filha de 15 anos.

Yala Sena (Flash) Hérlon Moraes (Da Redação) redacao@cidadeverde.com