Vereadores de Teresina divergem sobre criação do Instituto das Águas

Apesar de já ter sido criado pelo governo do Estado, o Instituto das Águas precisa do crivo da Câmara Municipal de Teresina para poder assumir as funções da Agespisa. O projeto nem chegou ao Legislativo da capital e já divide opiniões.  O vereador Edson Melo (PSDB), por exemplo, mostrou preocupação com os servidores.

“O X da questão é o que vai acontecer com os mais de mil servidores da Agespisa. Nós queremos que, no projeto, conste as garantias de não prejudicar esses servidores que, ao longo de anos e anos, prestam serviços à Agespisa”, afirmou.

O presidente da Casa, Luiz Lobão (PMDB), criticou a atuação da empresa no estado. “A pergunta que eu me faço é que se nós estamos satisfeitos com os serviços da Agespisa. Essa é uma das perguntas. No meu ponto de vista, não. Deixa mundo a desejar. O próprio abastecimento de água, saneamento deixa a desejar. O serviço de reconstrução das vias é ruim”, destaca.

Já o vereador Antonio José Lira (DEM), a empresa que vai gerir o Instituto das Águas vai atuar só em Teresina. Já no interior, o serviço continuará sendo oferecido sem qualidade. “Quando veio a subdelegação aqui, ficaria para o setor privado somente e zona leste. Sabe como é o novo projeto? O Instituto de Águas vai ficar com o interior, que é o osso, e quem vem de fora vai ficar com toda a capital, que é o filé. Você acredita que alguém vem de fora jogar capital não ter lucro?”, questiona.

O vereador Paulo Roberto da Iluminação, do PTB, apesar do seu partido ser aliado do governador Wellington Dias, vai votar contra o projeto. “Nós estivemos escutando os servidores na Agespisa e entendemos que não tem necessidade essa mudança. Todos os recursos investidos no instituto poderiam ser usados para sanear a Agespisa”, disse.

Edilberto Borges, o Dudu do PT, disse que a criação do Instituto é essencial, já que a Agespisa possui um rombo que chega a R$ 1 bilhão. “Todos nós sabemos de como a Agespisa é hoje. Está inviabilizada por rombos históricos que passam de R$ 1 bilhão. Quem está prejudicado hoje é o povo de Teresina”, finalizou.

Hérlon Moraes Com informações da TV Cidade Verde herlonmoraes@cidadeverde.com