O fluxo de passageiros no terminal rodoviário de Teresina aumentou com a proximidade do Réveillon. Às vésperas da virada do ano, em média 4 mil pessoas têm passado por dia pelo terminal e a expectativa é que no sábado (02) esse número chegue a 6 mil. Para atender a demanda houve aumento de 25% da frota. Com mais pessoas circulando pelo local, a situação precária da rodoviária, mais uma vez, se tornou alvo de reclamações dos usuários.
Membro do Comitê de Monitoramento dos Contratos de Concessão das Rodoviárias, o advogado Gil Júnior
Os problemas são antigos e vão desde a estrutura dos banheiros- alguns estão interditados- falta de iluminação, sujeira até a escada rolante que está quebrada.
Além da estrutura interna do local, os passageiros reclamam também das condições precárias no entorno da rodoviária. Nenhuma das lâmpadas da área externa está funcionando, o que facilita a ação de criminosos. "Aqui é tudo escuro e já fui assaltado duas vezes", disse Michel Marques.
Outro ponto de reclamação dos usuários é a cobrança da taxa de embarque de R$ 1. Segundo eles, o terminal não oferece condições mínimas aos passageiros para justificar o valor.
Recentemente, por meio de Parceria Público Privada (PPP) , a Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico (Sinart), do estado da Bahia, passou a administrar o terminal rodoviário de Teresina, bem como das cidades de Picos e Floriano.
Em entrevista ao Notícia da Manhã, desta quarta-feira (30), o membro do Comitê de Monitoramento dos Contratos de Concessão das Rodoviárias, Gil Júnior, disse que já foram feitas algumas mudanças e que a empresa ainda está dentro do prazo para a realização dos reparos emergenciais.
"Cabe ressaltar, que sobre a tarifa de embarque, esse valor simbólico já era praticado antes do contrato da Parceria Público Privada que está atuando há cerca de 20 dias e não faz milagre. Temos gente trabalhando diuturnamente e essa fase é de transição. Nestes 20 dias, foram trocadas mais de 150 lâmpadas no pátio interno, realizado reparos em um banheiro feminino, fizemos a capina e o roço no entorno da rodoviária. Como a empresa é de fora, estamos fazendo parceira com fornecedores locais e também fazendo a seleção de pessoal para a contratação", disse Gil Júnior.
Sobre a escada rolante quebrada, o advogado informou que a atual não tem mais condições de funcionamento e que a empresa já solicitou ao fabricante um projeto de uma escada nova, inclusive, com acessibilidade.
Graciane Sousa gracianesousa@cidadeverde.com