A reclamação é geral, tanto de permissionários como de clientes, que se utilizam da Central de Abastecimento do Piauí - Ceapi, em relação a falta de infraestrutura, como vagas em estacionamento, banheiros sem limpeza e manutenção, bebedouros sujos ou quebrados, dentre outros problemas. Estas foram informações colhidas e divulgadas em reportagem do Jornal do Piauí desta quarta-feira (20).
Para resolver o problema, o governo do Estado está propondo que a administração do local seja feita através de Parceria Público Privada, da mesma forma que vai acontecer com a Rodoviária de Teresina e o Hospital Regional de Picos.
O secretário de governo do Estado, Merlong Solano, afirmou que está sendo feito um estudo para a elaboração de edital que deve ser lançado até o final de abril próximo.
“O problema na Ceapi é de modelo claro. Os permissionários cuidam do modelo atual e se utilizam dele e se espera que o governo faça a gestão, que não é adequada. O governo hoje tem outras urgências prioritárias como na saúde e educação. Infelizmente ele não pode resolver uma gestão que é privada. Então, a solução encontrada é uma parceria com iniciativa privada, que tem capacidade para gerir mais do que através do processo público. Por isso, queremos abrir processo de concessão e lançar o edital até o final de abril ou começo de maio”.
Merlong garantiu que em cinco ou seis meses, depois do contrato assinado com a empresa, o processo de melhoria vai poder ser iniciado. “Depois de dois meses, as pessoas já verão as melhorias”.
Ele também afirma que, com tudo determinado em contrato, não é que o governo não mais vá se responsabilizar pela Ceapi. “O governo não vai se ausentar, apenas mudará a forma de atuar”.
Cerca de 30 mil toneladas de alimentos passam por mês na Central de Abastecimento. Hoje no local , circulam cerca de 7.500 pessoas por mês. São mil permissionários de bancas trabalhando no local, sendo 860 fixos. Os prejuízos por ano, de acordo com a direção, chegam a R$ 3,5 milhões por ano, pela falta de infraestrutura e outros problemas, e as despesas com a administração do local consomem 98% de todo o faturamento.
Permissionários dizem que gastam cerca de R$ 90 por semana para manterem suas bancas.
Ilda Lima, comerciante que frequenta a Ceapi, reclama, como a maioria dos que também utilizam o local. “Não estão tomando de conta, se a Ceapi não melhorar, o público vai cair, as pessoas vão deixar de vir, como já estão deixando”.
Lyza Freitas redacao@cidadeverde.com