Congestionamentos chegam a quase 4 km para visitas aos cemitérios em Teresina

Mais de 11 mil pessoas visitaram entes queridos no cemitério Jardim da Ressurreição, zona Sudeste de Teresina, neste Dia de Finados. No local, há mais de 10 mil sepulturas e a expectativa é de que ao longo do dia, mais de 30 mil visitem o espaço. Os locais estão registrando longos congestionamentos de veículos.

A delegada da mulher do centro de Teresina, Vilma Alves, perdeu o marido há oito anos e até hoje emociona-se ao lembrar do companheiro de quase quatro décadas, com quem teve três filhos. 

"Vivi com ele 39 anos, de repente meu marido adoeceu e vi o laço ser quebrado. Passei cinco meses e cinco dias com ele nos hospitais e o vi morrer. É uma sensação que não vou esquecer nunca. Você não escuta voz, não sente o cheiro e não vê mais. A morte é muito dura, para mim é terrível. Não tem sentimento pior que a perda de um ente querido", disse, emocionada. 

O marido da delegada, José Alves da Silva, morreu em 2008 após complicações do diabetes. 

Outro túmulo visitado é o dos irmãos Francisco das Chagas Araújo Júnior e Bruno Queiroz de Araújo, irmãos mortos em um acidente de trânsito no mês de julho deste ano. Os dois faziam parte do coletivo Salve Rainha e a morte comoveu os teresinenses. No túmulo dos dois, havia muitas velas e flores. A tia, Maria Emília, lembra emocionada dos dois jovens, que perderam a vida precocemente. 

"É muita tristeza, eu era muito apegada com os dois e lembro desde que eles eram crianças. É doloroso e ainda mais porque não feita justiça. A gente entrega a Deus e que tudo seja resolvido da melhor forma possível", declarou. 

A tia destacou que, se estivesse vivo, júnior completaria 32 anos amanhã (3).  

O trânsito está complicado na Avenida Joaquim Nelson, que dá acesso à avenida do cemitério - Mirtes Melão. O congestionamento nas duas vias chega a quase 4 quilômetros. 

 

Graciane Sousa (Flash) Maria Romero (Redação) redacao@cidadeverde.com