Sem posto de trabalho, servidores da Agespisa protestam nesta segunda

Mais de 100 trabalhadores estão protestando em frente à sede da Agespisa, próximo a Assembleia legislativa do Piauí, na manhã desta segunda-feira (10), por não saberem onde irão trabalhar desde que a empresa Águas de Teresina (grupo Aegea) passou a gerir os serviços de abastecimento de água em Teresina. 

O presidente do Sindicato dos Urbanitários, Paulo Sampaio, informou que na última sexta-feira (07), os trabalhadores forem retirados dos postos de atendimento – espalhados por toda capital piauiense – com a justificativa de que a partir dessa data a Agespisa estava sob nova direção. 

“Os trabalhadores foram retirados com truculência dos seus locais de trabalho, nos postos de atendimento ao consumidor. Nós estamos aqui manifestando contra a decisão do governo estadual. Eles foram retirados para que a Agespisa pudesse entregar os postos para a Aegea”, disse o presidente.

Paulo ressaltou que os trabalhadores foram “mandados pra sede da empresa nesta segunda-feira, mas não tem local de trabalho. Eles não sabem onde vão trabalhar, se vão trabalhar. Existe uma insegurança. Ninguém sabe como vai ficar”, lamenta o sindicalista. 

De acordo com o sindicato, os postos de atendimento em que os profissionais foram retirados estão localizados nos bairros Parque Piauí, Santa Maria da Codipi, Dirceu Arcoverde, Buenos Aires, Morro da Esperança, Shopping da Cidade e Shopping Poti. 

Os serviços da Águas de Teresina serão fiscalizados pela Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos de Teresina (Arsete). O contrato do Governo do Estado com a Aegea tem duração de 30 anos: a empresa deve investir R$ 1 bilhão e 700 milhões no sistema de água e esgoto de Teresina. 

Segundo o Governo do Estado, as primeiras ações da nova empresa irão atender ao plano emergencial elaborado com foco no B-R-O BRÓ – período mais quente do ano – contemplando os bairros que mais sofrem com falta d’água.

Levantamento

O Governo do Estado, através do Instituto de Águas e Esgotos do Piauí e Agespisa, repassou os serviços de abastecimento de água e tratamento de esgoto da capital do Piauí para a empresa Águas de Teresina (Grupo Aegea). Em nota, o Instituto esclareceu que um levantamento está sendo realizado para a realocação dos funcionários efetivos da Agespisa. Veja a nota na íntegra. 

 

Uma preocupação do Governo do Piauí durante todo o processo foi a garantia dos direitos dos empregados Agespisa. O Instituto de Águas juntamente com a Emgerpi e a própria Agespisa, têm estudado alternativas para a realocação dos funcionários efetivos lotados na área operacional que será repassada para a subconcessionária.

Um mapeamento desses profissionais está sendo realizado para que o encaminhamento para um novo órgão, ou mesmo para um novo setor dentro da Agespisa e cidades do entorno da capital, seja feito respeitando o perfil profissional e formação de cada um.

A empresa Águas de Teresina absorveu os empregados terceirizados e comissionados da área operacional. Foranlm contratados 620 terceirizados que atuam na operação. Além disso, a empresa está convidando comissionados e servidores da Agespisa para integrar a equipe que atuará em Teresina.

Durante o processo de transição fez-se necessário um esquema de segurança nas estações de tratamento a fim de garantir o pleno funcionamento da distribuição de água e prevenir eventuais transtornos que pudessem acontecer na implantação da nova estrutura de operação. No entanto, não houve qualquer tipo de  truculência para com os funcionários. A medida foi adotada apenas como prevenção.

 

Instituto de Águas e Esgotos do Piauí 

Carlienne Carpaso carliene@cidadeverde.com