"Guerra da Segurança" só será ganha com desenvolvimento e emprego, diz Pezão

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB), disse nesta terça-feira, 20, em evento da Marinha do qual participou com o presidente Michel Temer (MDB), que o combate à violência só será eficaz se houver crescimento econômico e geração de emprego. 

Eles estão na Cerimônia de Início da Integração dos Submarinos Classe Riachuelo, da Marinha, no complexo naval do município de Itaguaí, Região Metropolitana da capital.

"O que nós precisamos no Estado do Rio é de muita segurança, e o senhor está nos auxiliando, sendo parceiro nosso. Mas precisamos muito de emprego, que a atividade econômica cresça", disse, dirigindo-se a Temer. "A gente só ganha a guerra da segurança pública com uma carteira assinada de trabalho, todos os trabalhadores querem ter." 

Pezão citou a intervenção federal na segurança, iniciada no fim de semana: "O senhor está retornando ao Rio três dias depois de a gente ter sentado para conversar para colocar as Forças Armadas à disposição do Estado para a gente vencer essa chaga da droga. Do fundo do meu coração, meu grande agradecimento ao senhor".

Parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha, o Riachuelo é o primeiro dos quatro submarinos convencionais (com motores diesel-elétricos) que estão sendo construídos no Estaleiro e Base Naval (EBN) de Itaguaí, e deve ser lançado ao mar no segundo semestre. Isso, caso não ocorram mais atrasos. Ele afirmou que no programa foram gerados 4,7 mil postos de trabalho diretamente.

Sob investigação da Lava Jato por incluir a Odebrecht, o Prosub, orçado em mais de R$ 30 bilhões, está quatro anos atrasado, na esteira de dificuldades orçamentárias e técnicas. Foi iniciado há dez anos, num acordo de arrasto tecnológico com a França que tem como objetivo aumentar a segurança da costa brasileira no futuro. 

Também estão presentes na cerimônia os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, do Planejamento, Dyogo Oliveira, da Defesa, Raul Jungmann, dos Transportes, Mauricio Quintella, da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o comandante da Marinha, Eduardo Bacellar, entre outras autoridades. No meio da cerimônia, enquanto falava o comandante da Marinha, Meirelles cochilou por alguns momentos. 

Fonte: Estadão