Em Teresina, Meirelles diz que não teme ser o candidato do presidente da República

O ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pré-candidato do MDB à Presidência, afirmou durante coletiva em Teresina que não teme ser visto pelo eleitor como o candidato do presidente Michel Temer.

Henrique Meirelles visita à capital piauiense buscando apoio para a convenção em julho e dará também palestras para 150 empresários do Estado. 

De acordo com os números de pesquisas, Temer é o presidente com a maior rejeição da história do país. Para Meirelles, o governo Temer retirou o país da maior recessão.

"O MDB está cada vez mais engajado. A campanha é uma oportunidade histórica para o partido conquistar. O MDB  tem história para contar. O governo anterior jogou o Brasil na maior recessão da história. Ogoverno do MDB recolocou o país nos trilhos do crescimento. Esse governo conseguiu reverter isso. O MDB conseguiu reverter essa trajetória e colocar o pais no crescimento. Temos resultados para mostrar ao Piauí. É um projeto vencedor", disse.

Meirelles afirmou ainda que falta tempo para que o governo Temer possa mostrar ao brasileiro que trouxe uma solução para o país. 

"Eu trabalhei oito anos no governo do presidente Temer. Fui presidente do Banco Central e construímos uma trajetória de crescimento, aumento da renda e  de controle da inflação. Agora estamos com um espaço de tempo curto. Ainda não houve tempo para o Brasil sentir os efeitos da criação de emprego. Ainda não houve tempo para compensar todo o desemprego criado na administração anterior", destacou.

Para o Piauí, o ex-ministro diz ter uma projeto de crescimento. Segundo Ele, isso passa por ações como o prosseguimento da Transnordestina. 

"Trazemos uma mensagem de compromisso com o Piauí. Temos alguns projetos que serão prioridades no nosso governo. Se eleitos faremos prosseguimento  da Transnordestina importante para o desenvolvimento. Precisamos aproveitar as vocações do Piauí", disse.

Crise no governo Dilma

Meirelles diz ter alertado que a política econômica implementada pela ex-presidente Dilma Rousseff levaria o país a uma crise.

"Ela não queria ser ajudada. Ela possuía ideias erradas. Trabalhamos juntos durante vários anos do Governo Lula e já dizia que se fosse aplicado o tipo de política que ela defendia, o Brasil entraria em crise. E foi o que aconteceu. Ela teve decisões equivocadas. Importante é que o país foi para frente", declarou.

Meirelles ainda fez críticas aos adversários. Segundo ele, a esquerda quer trazer o retrocesso e a extrema-direta traz a desunião do país.

"Meus principais adversários estão nos extremos. De um lado à esquerda propondo voltar atrás, com todas as políticas que já deram errado, que levaram o país à crise e recessão. Do outro lado à extrema direita propondo o conflito. Temos que unir o Brasil e não dividir. Precisamos colocar todo o Brasil para crescer", destacou.

Themístocles sobre candidura de Meirelles

O presidente da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Themistocles Filho, diz que o maior desafio de Meirelles será conquistar o apoio popular. Segundo ele, só o apoio de partidos não leva à vitória.

"Se ele for candidato, quem for do MDB vai votar nele. O maior líder do Brasil é o Lula. Hoje o maior líder do Brasil é o Lula. Até o Lula tem dificuldades de colocar um nome se ele não for candidato. O principal é conquistar a opinião pública. O apoio dos partidos é importante, mas o mais importante é o apoio do povo", disse.

Reforma da Previdência

Meirelles disse que vai defender a aprovação da proposta. Segundo ele, é preciso explicar para a população a necessidade da reforma. 

“O importante é mostrar para a população a injustiça que é hoje. Os mais pobres, aquela população de menor renda, não consegue ter carteira assinada durante 35 anos  e portanto não conseguem se aposentar por tempo de contribuição e se aposentar por idade com 65 anos. Com a proposta que apresentamos, essa idade diminui de  65 anos para55 anos nos primeiros anos. E depois vai subindo devagar”, disse. 

Flash Lídia Brito lidiabrito@cidadeverde.com