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(FOLHAPRESS) - Os candidatos do MDB à Presidência, Henrique Meirelles, e ao governo do estado de São Paulo, Paulo Skaf, fizeram nesta terça-feira (4) uma caminhada pelo Brás, bairro do comércio popular na capital paulista, onde defenderam o policiamento na região e o combate ao comércio ambulante.
Encontraram ruas vazias em que, antes da crise econômica, os comerciantes atendiam multidões. Ouviram queixas de lojistas e vendedores e prometeram, se eleitos, estimular a demanda no local.
"Fiquei muito triste com essa caminhada porque vi as lojas vazias. Vi estoques, vi vendedores, mas não vi clientes. Isso é grave", disse Skaf numa reunião improvisada com empresários do bairro, aproveitando para engatar um tema que vem ganhando espaço em seu discurso: a segurança pública.
"Outro dia uma pessoa me disse que não viria aqui porque estava tendo muito roubo de carteira. É um cliente que deixou de vir. Se eu for governador, na primeira semana vocês vão fazer uma reunião comigo. Vou chamar o secretário da segurança e da Fazenda. Precisamos reorganizar a polícia. Vamos olhar a questão da pirataria e as práticas ilegais de comércio que estão dentro do crime organizado", prometeu o candidato aos comerciantes do bairro.
Ao ver o comércio às moscas, Meirelles fez um diagnóstico mais econômico e discursou a favor do combate ao comércio ambulante -a atividade informal ajudou a impulsionar a melhora no mercado de trabalho durante o período em que ele foi ministro da Fazenda no governo Michel Temer.
"O que temos aqui é uma disputa entre o comércio que paga imposto, das lojas, e o comércio de rua. No momento em que bloqueamos o comércio de rua, [será feita] a pergunta: estas pessoas vão ficar sem trabalho? Não, porque o Brasil vai crescer. E com economia crescendo, vamos criar 10 milhões de empregos no Brasil nos próximos quatro anos", disse.
Segundo Meirelles, os trabalhadores que hoje atuam como ambulantes na informalidade terão emprego em fábricas e no comércio. "Podemos restaurar o papel do Brás como um grande shopping a céu aberto", afirmou o candidato.