Em 1973, ela chegou ao centro de saúde e durante quatro meses nenhum exame foi feito, levando o caso a um quadro de paralisia nos membros inferiores. Nesse momento, Maria do Céu retorna ao Maranhão e após sete anos vem novamente à Teresina, onde o Hospital Getúlio Vargas tornou-se a sua casa por 23 anos.
No local, ela convivia diariamente com pessoas doentes. Suas roupas e livros eram guardados em cima da maca onde dormia. Apesar disso, Maria do Céu sempre procurou levar uma vida normal. Ela produzia peças de artesanato e vendia dentro do HGV. A vida dela tornou-se exemplo para médicos e enfermeiros que trabalhavam no hospital. Ainda internada, a paciente prestou vestibular para o curso de teologia e foi aprovada. Ao concluir o curso fez ainda pós-graduação em Psicopedagogia, conquistas que pareciam impossíveis para muitos, inclusive para ela.Ao retratar a história de Maria do Céu, a equipe de reportagem da TV Cidade Verde a levou para visitar o hospital. O retorno só foi possível após muita insistência, mas o momento foi de alegria para a mulher que viveu mais de 20 anos dentro de um local impróprio para a moradia humana. Uma história de exemplo e admiração para aqueles que conhecem a mulher forte.
Záira Amorimzairaamorim@cidadeverde