Time de Ronaldo briga para não cair, e dono mira Champions futuramente

Mesmo com uma meta difícil, Ronaldo diz que o Valladolid tem de sonhar alto. "Não vou colocar limite nos meus sonhos", diz ele quando questionado se imagina sua equipe na Liga dos Campeões, campeonato do qual o atacante nunca foi campeão.

"Logicamente, eu vou estruturar o clube e fazer o melhor que posso e sei para o Valladolid chegar ao máximo que conseguir", afirma. "Claro que chegar a uma Champions seria uma loucura na cidade. Mas a gente vai tentar também, por que não?", completa.

O ex-camisa 9 da seleção brasileira é o embaixador global do Santander na Liga dos Campeões desde o ano passado, quando o banco espanhol deixou a Ferrari, na Fórmula 1, e resolveu investir mais no futebol -já que também mantém patrocínio na Libertadores da América.

Ronaldo passa boa parte do tempo em Madri, mas esteve em São Paulo para a abertura da exposição Deu Liga!, no Farol Santander, no centro da capital paulista, na última quarta (24).

A mostra apresenta a diversidade étnica do principal torneio de clubes da Europa -neste edição, por exemplo, há jogadores de 102 países.

Em evento na capital espanhola, em 2018, Ronaldo brincou que, como dono do time, trabalhava muito mais e ganhava muito menos. No clube espanhol, ele sequer tem um salário. "Meu foco sempre foi estruturar o clube como ele merece, como a torcida deseja. 

Eu decidi não ter salário porque, na verdade, eu não preciso e quero mostrar cada vez mais que nosso empenho e nossos objetivos estarão sempre em primeiro lugar."

E seu nome, praticamente uma marca própria, tem ajudado o Valladolid a se internacionalizar, conta. Um escritório em Madri já funciona para ampliar as relações com empresas. 

"O clube tem de deixar de ser regional, então a gente tem que conversar com marcas nacionais e internacionais, o que tem dado um sucesso maravilhoso, estamos conversando com várias marcas", diz orgulhoso.

"Neste último ano fiz mais de 100 mil km promovendo o clube. Nova York, Dubai, Abu Dhabi, China, Indonésia", enumera. "É muito cansativo, mas estou muito animado. Quanto mais forte a marca do clube, melhor time eu vou conseguir fazer."

AMON BORGES SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)