Estudantes realizam protesto pelas ruas do Centro contra corte de verbas das universidades

Atualizada às 12h

Sob gritos de "Ocupa o Karnak", parte dos manifestantes pularam a sede do Governo do Piauí para dar continuidade ao protesto contra os cortes na Educação anunciados pelo Governo Federal. Policiais militares da tropa de choque estão posicionados. 

De mãos dadas, o grupo de manifestantes fez uma ciranda e gritou:  "não vai ter corte, vai ter luta".

O movimento seguiu pacífico e por volta de 12h40 houve uma maior dispersão. 

Atualizada às 11h40

Por volta das 11h, o movimento chegou nas imediações da igreja São Benedito, no fim da avenida Frei Serafim, que segue interditada a partir da avenida Pires de Castro. A manifestação reúne uma multidão e está sendo pacífica.

"O presidente vem com esse discurso de balbúrdia porque sabe que estamos organizados. Se o bloqueio continuar, a Ufpi  vai fechar as portas até setembro. O nosso medo não é só de que a juventude não possa mais sonhar com um ensino superior gratuito de qualidade, mas até mesmo de nos formamos.  Sabemos que o corte é uma forma de barganhar a reforma da Previdência. A gente não aceita trabalhar até morrer, nem não ter direito ao ensino superior", disse Joseane Rodrigues, do movimento Rua Juventude Anticapitalista.

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

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Manifestação deixou trânsito lento

Para o estudante Matheus Monte, a intensa adesão ao movimento era esperada porque a luta não é só dos estudantes. 

"Esses cortes são uma ameaça para a população. Estamos unidos no pensamento que esse governo não é benéfico para a população, para os trabalhadores, para os estudantes. Essa luta é unificada de estudantes da Ufpi, dos Ifpis e de faculdades particulares que entendem que isso tem a ver com todo mundo",  disse o estudante do Movimento por uma Universidade Popular  (MUP).

Matéria original

Os alunos da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e do Instituto Federal do Piauí (IFPI) aderiram à paralisação de pelo menos 75 instituições pelo país. Os protestos ocorrem em resposta ao bloqueio de 30% dos orçamentos determinado pelo Ministério da Educação (MEC). 

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

 

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Comunidade acadêmica de instituições de educação federais se protesta em ato em prol da greve nacional da educação em Teresina. #grevenacionaldaeducacao

Uma publicação compartilhada por TV Cidade Verde (@tvcidadeverde) em 15 de Mai, 2019 às 7:05 PDT

 

Estudantes e representantes de movimentos sindicais se concentraram em frente ao prédio do INSS no Centro em protesto contra a reforma da previdência e percorreram as ruas do Centro, parando em frente aos Correios em ato contra a privatização e no Palácio do Karnak e estão seguindo em direção à avenida Frei Serafim. No início da manhã, os ônibus ficaram parados nas praças do Fripisa e da Bandeira.  

Com cartazes e instrumentos de percussão e bandeiras, os estudantes receberam o apoio de alunos do Ensino Médio.

Na tarde de ontem, os estudantes da UFPI já haviam protestado na frente do campus Petrônio Portela. 

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

Um dos alvos do protesto, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse nesta terça-feira, 14, que as universidades precisam deixar de ser tratadas como "torres de marfim" e não descartou novos contingenciamentos.

Atos em todos os Estados vêm sendo chamados pelas maiores entidades estudantis e sindicais do País, incluindo a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). 

Em Brasília, o prédio do MEC já amanheceu nesta terça-feira cercado por homens da Força Nacional de Segurança Pública. O secretário executivo da pasta, Antoni Paulo Vogel, afirmou que a proteção foi pedida pelo governo federal. "Temos de estar preparados para evitar qualquer tipo de problema. Simples assim."

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

 

Caroline Oliveira e Graciane Sousa redacao@cidadeverde.com