Empresário é preso por uso de documentos falsos para compra de arma

Atualizada às 14h22

O empresário Waldiston de Sousa Oliveira, principal investigado na operação Integração, foi preso na manhã desta segunda-feira em Timon, na residência da própria mãe, uma suplente de vereadora do município. De acordo com o inquérito, o suspeito falsificou documentos para conseguir adquirir uma arma de fogo. 

Ainda durante as ações da operação Integração nesta quarta-feira, um menor foi apreendido pelos policiais federais por posse de entorpecentes. De acordo com a PF, ele não tinha relação com a investigação, mas acabou apreendido porque estava em uma das residências onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão.

 

Fotos: divulgação PF-PI

Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Federal em Teresina-PI e Timon-MA contra um suspeito de falsificação de documentos em processo de aquisição de arma de fogo. O investigado- que não teve o nome revelado- teria ocultado uma condenação por tráfico de drogas no Maranhão para dar entrada no processo. 

Fotos: divulgação PF-PI

Das ordens judiciais, seis foram cumpridas em Timon e uma em Teresina na manhã desta quarta-feira (09) durante a operação Integração. A ação contou com as polícias Civil do Piauí e do Maranhão, além do Ministério Público do Maranhão. Participam da operação 60 policiais e dois membros do Ministério Público.

"O investigado inseriu declaração falsa em documento público, falsificou documentos e os utilizou para instruir processo de aquisição de arma de fogo protocolado na Polícia Federal em Teresina. Os documentos e as declarações falsas tinham como propósito ocultar a real condição do requerente, condenado em primeira instância na Justiça Estadual do Maranhão pelo crime de tráfico de drogas. Tal registro impede a aquisição de armas de fogo pela via lícita", informou a nota da PF.

Os mandados judiciais foram expedidos pela 1ª Vara da Seção Judiciária Federal em Teresina. Na operação não há mandado de prisão.

"No âmbito da Justiça Federal, o investigado pode responder por falsidade ideológica e documental, cujas penas somam até cinco anos de reclusão. A Polícia Federal está atenta a todos os processos de porte e registro de arma de fogo, todos os documentos são rigorosamente analisados e qualquer situação de fraude com o propósito de desvirtuar as normas do estatuto do desarmamento será objeto de investigação prioritária na PF, uma vez que todo esse processo e política de armamento é atribuição da PF", enfatiza o delegado  Albert Paulo Sérvio de Moura, chefe da Delegacia Regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF no Piauí. 

 

Graciane Sousa e Natanael Souza gracianesousa@cidadeverde.com