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Estresse, genética, alterações hormonais, anemia, hipotiroidismo, deficiências nutricionais e até determinados medicamentos estão entre as mais importantes causas da queda de cabelo, problema que afeta pelo menos 20% da população adulta.
“Você é o principal agente para verificar mudanças no padrão de queda. Se começa a te incomodar, então é o momento certo de falar com um especialista para buscar a causa do problema e o tratamento mais adequado”, informou o dermatologista Daniel Fernandes Melo, da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
A queda de cabelo não-cicatricial é a ocorrência mais comum e que pode ser revertida após o fim da alteração do folículo, com a volta de cabelo na área acometida. Porém, se a ocorrência é cicatricial, quando há danos irreversíveis ao folículo, não é possível o retorno do crescimento do cabelo.
Entre elas as quedas mais comuns está o eflúvio telógeno, que consiste no aumento da perda diária de fios de cabelo, resultado de migração difusa e abrupta dos fios para a fase de repouso do ciclo capilar (telógena). Entre outros motivos, esse processo pode ser causado por dietas restritivas e cirurgias (como bariátrica e cesárea).
De acordo com o dermatologista, determinados nutrientes estão ligados ao bom funcionamento do ciclo capilar. É o caso de ferro, zinco e as vitaminas D e B12. Os fios são formados por queratina. Os elementos que servem de matérias-primas para a produção desse componente, como a cistina, também são importantes.
Isso explica porque os tratamentos muitas vezes estão ligados à suplementação de nutrientes e elementos que atuam na construção dos fios. Essa complementação é importante para a saúde do corpo como um todo.
“Por exemplo, uma mulher que perde muito ferro durante a menstruação e tenha alguma comorbidade ou histórico médico associado que possa levar a uma anemia, precisa de suplementação específica, diferentemente daquela que possui perda de outro nutriente. Por isso, antes da utilização de qualquer medicamento, é preciso buscar o aconselhamento de um médico, sobretudo com atuação e experiência em queixas capilares e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia”, explicou.
Outro aspecto importante para pessoas com essa condição é a paciência. “O tratamento capilar apresenta resultados clinicamente visíveis somente a partir de três a quatro meses, em geral. Porém, pode levar mais tempo, dependendo da condição clínica do paciente. As interrupções no tratamento afetam diretamente o resultado. Também vale lembrar que precisamos cuidar do aspecto emocional, para não ter reflexos em outras áreas do organismo”, disse o Dr. Daniel Fernandes Melo.
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