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Maioria dos adolescentes brasileiros têm fatores de risco para doenças crônicas, diz estudo

Por SBT News

Foto: Freepik

Uma pesquisa realizada com adolescentes brasileiros de 13 a 17 anos concluiu que 81,3% deles apresentam dois ou mais fatores de risco para desenvolver doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) ao longo da vida, como câncer, diabetes, obesidade, problemas cardíacos e respiratórios. A análise foi feita pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e publicada na revista internacional BMC Pediatrics, nesta terça-feira (23).

Entre os fatores de risco mais comuns elencados pela pesquisa estão falta de atividade física (71,5%), ingestão irregular de frutas e vegetais (58,4%), sedentarismo (54,1%), consumo regular de guloseimas (32,9%), consumo de bebidas alcoólicas (28,1%), consumo regular de refrigerantes (17,2%), e tabagismo (6,8%).

Os piores índices foram observados entre adolescentes mais velhos, ou seja, com 16 e 17 anos, residentes da região Sudeste.

“Há uma necessidade urgente de abordagens dinâmicas e proativas que capacitem os adolescentes a assumir a corresponsabilidade por sua saúde. Ao mesmo tempo, a implementação de políticas intersetoriais é crucial para promover melhores condições de vida e saúde", ressalta uma das autoras da pesquisa, a pesquisadora Alanna Gomes da Silva
No Brasil, segundo a UFMG, as DNCTs representam 75% da mortalidade geral e 15% das mortes prematuras.

Como foi feita a avaliação?

O estudo utilizou dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), junto com a medida dos Múltiplos Fatores de Risco Comportamentais (MFRCs) feita por meio de um questionário, aplicado entre os jovens, com sete perguntas sobre os fatores de riscos.

A avaliação utilizou a pontuação variando de 0 a 5, que categoriza exposição aos números de fatores questionados, sendo 0 nenhum fator e 5 representando cinco ou mais fatores. A maior prevalência ficou entre 2 e 3 fatores, representando 28,3% e 27%, respectivamente.

“As DCNT contribuem para o aumento das desigualdades sociais, incapacidade, hospitalização e redução da qualidade de vida e produtividade”, alerta a Alanna.
Cigarros eletrônicos são motivo de preocupação, diz pesquisadora
Alanna ressalta que o uso crescente de produtos alternativos de tabaco, como narguilé e cigarros eletrônicos, entre jovens também é motivo de preocupação.

"Compreender e abordar os comportamentos de risco durante a adolescência são cruciais para melhorar os resultados de saúde a longo prazo e reduzir a carga de doenças na idade adulta", pontua.

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