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Julho terá cobrança de bandeira amarela na conta de energia

Crédito: Saya Kimura

1. O que é a Bandeira Tarifária?

A bandeira tarifária é um sistema criado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para sinalizar o custo da energia elétrica para o consumidor. Funciona como um indicador de alerta, variando entre verde (menor custo), amarela (custo médio) e vermelha (maior custo). A cor da bandeira é definida mensalmente pela Aneel, com base em diversos fatores, como a disponibilidade de água para as hidrelétricas, a necessidade de acionar usinas termelétricas mais caras e a demanda por energia.

2. Bandeira Amarela em Julho:

Para o mês de julho de 2024, a Aneel definiu a bandeira amarela para todo o território nacional. Isso significa que haverá um acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos na conta de luz dos consumidores brasileiros.

3. Razões para a Bandeira Amarela:

A principal razão para a bandeira amarela em julho é a redução na previsão de chuvas até o final do ano, que está cerca de 50% abaixo da média histórica. Com menos água disponível para as hidrelétricas, que são a principal fonte de energia do Brasil, é necessário acionar usinas termelétricas mais caras, o que impacta no custo final da energia.

4. Impacto na Conta de Luz:

O acréscimo de R$ 1,885 por 100 kWh pode representar um aumento significativo na conta de luz, especialmente para quem consome muita energia. O impacto varia de acordo com o perfil de consumo de cada família. Por exemplo, uma família que consome em média 200 kWh por mês verá um aumento de R$ 3,77 na conta.

5. Dicas para Economizar Energia:

Com a bandeira amarela, é ainda mais importante adotar medidas para economizar energia e reduzir a conta de luz. Algumas dicas simples que podem ajudar:

Desligue as luzes e os aparelhos eletrônicos quando não estiver usando.
Opte por lâmpadas LED, que são mais eficientes.
Tome banhos mais curtos.
Utilize eletrodomésticos com selo Procel A, que são mais econômicos.
Mantenha a geladeira e o freezer na temperatura adequada.
 

Renda básica energética: energia renovável para famílias de baixa renda

Crédito: João Victor Henrichs

O Projeto de Lei 624/2023, que cria o Programa Renda Básica Energética (Rebe), pretende substituir a Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) por geradores de energia renovável, principalmente solar. O objetivo é reduzir a conta de energia de milhões de famílias de baixa renda em até 95%.

O programa terá foco em áreas rurais e comunidades ribeirinhas, onde o acesso à rede elétrica convencional é precário ou inexistente. O senador Sérgio Petecão, relator da proposta, destaca a importância do Rebe para regiões como a Amazônia, onde milhões de pessoas vivem sem energia elétrica.

Os recursos para a construção das usinas solares virão da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), do BNDES, do Orçamento Geral da União, da Petrobrás e de Itaipu. Atualmente, a CDE arrecada cerca de R$ 6 bilhões por ano.

As famílias com consumo de até 220 kWh/mês receberão créditos para pagar a conta de luz a partir da energia gerada pelas usinas. A expectativa é que, com o tempo, essas famílias se tornem autossuficientes em energia e deixem de precisar da Tarifa Social.

O Ministério de Minas e Energia apoia o projeto, que está em consonância com os objetivos de combater a pobreza energética, promover a inclusão social e diversificar a matriz energética do país. A pasta ressalta a importância de não aumentar subsídios ou tarifas já existentes.

O Rebe é um projeto ambicioso que tem o potencial de transformar a vida de milhões de brasileiros. Ao garantir acesso à energia renovável e barata, o programa pode contribuir para o desenvolvimento social e econômico das comunidades mais vulneráveis do país

Entenda a taxação sobre energia solar iniciada pela Equatorial

Crédito: los muertos crew

A conta de energia, para empresas que optam pela energia solar, é composta por dois pilares: a Tarifa de Energia (TE) e a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD).

Tarifa de Energia (TE): Abrange os custos com a compra da energia em si.
Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD): Cobre os custos de transmissão e distribuição da energia, sendo subdividida em Fio A (transmissão) e Fio B (distribuição).

Fio B: A Taxa de uso da rede de distribuição

O Fio B é a tarifa cobrada pelo uso da infraestrutura da rede de distribuição de energia da concessionária. Regulamentada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), essa taxa garante a manutenção e o aprimoramento da rede.

A Lei 14.300, de 2022, trouxe uma mudança crucial: consumidores que utilizam sistemas fotovoltaicos e injetam energia excedente na rede pública agora pagam o Fio B. Essa cobrança, iniciada em 2023, visa garantir a equidade no sistema elétrico, pois a rede ainda é utilizada para a distribuição da energia solar não consumida.

Evolução gradativa da cobrança do Fio B: um panorama detalhado

A cobrança do Fio B segue um cronograma gradual de aumento até 2028, conforme detalhado abaixo:

2023: 15%
2024: 30%
2025: 45%
2026: 60%
2027: 75%
2028: 90%

Consumidores com solicitação antes de 2023: uma isenção temporária

Consumidores que solicitaram o uso do sistema fotovoltaico antes de 7 de janeiro de 2023 ficam isentas da cobrança do Fio B até 2045. Em 2029, a Aneel definirá as regras para o futuro.

Calculando o Fio B: um passo a passo detalhado

O cálculo do Fio B pode ser realizado no site da Aneel:

Acesse o site da Aneel;
No menu, selecione "Assuntos";
Escolha "Tarifas";
Acesse "Relatórios e Indicadores";
Descendo a página, encontre "Base de Dados das Tarifas das Distribuidoras de Energia Elétrica";
No menu superior esquerdo, procure "Componentes Tarifárias";
Busque por "Componente Tarifária" e clique em "TUSD Fio B";
Selecione o "Ano" e "Mês" desejados;
Clique no ano para obter o valor.

O valor do Fio B na conta de luz pode ser obtido dividindo-se o valor da tabela pela tarifa e multiplicando o resultado por 100.

Fio B e energia solar: uma relação transparente

Compreender o custo do Fio B é crucial para consumidores que utilizam energia solar, permitindo uma análise completa dos custos e benefícios do sistema. Mesmo com a geração solar, a rede de distribuição da concessionária ainda é utilizada, gerando custos que a tarifa visa cobrir. Para um cálculo preciso do Fio B e uma análise completa da viabilidade da energia solar para o seu negócio, consulte um profissional especializado.

China instala a primeira turbina eólica de 18 MW do mundo

Crédito: www.dongfanf.com.cn

Em um marco significativo para a indústria de energia renovável, a China instalou com sucesso a primeira turbina eólica de 18 MW do mundo. Essa conquista monumental, realizada pela Dongfang Electric Corporation, representa um avanço crucial na geração de energia limpa e na luta contra as mudanças climáticas.  Em termos de comparação, essa única turbina equivale às 20 turbinas instaladas na primeira usina eólica instalada no Piaui.

Localizada em uma base de testes costeira na província de Guangdong, no sul da China, essa turbina gigante ostenta pás com um diâmetro de 260 metros, varrendo uma área equivalente a sete campos de futebol. Essa escala impressionante permite que a turbina gere 72 milhões de kWh de energia anualmente, suficiente para abastecer 36.000 residências.

Além de sua produção de energia limpa e abundante, a turbina eólica de 18 MW também oferece benefícios ambientais consideráveis. Estima-se que ela evitará a queima de 22.000 toneladas de carvão por ano, reduzindo significativamente as emissões de gases de efeito estufa e combatendo a poluição do ar.

O sucesso da China com a turbina eólica de 18 MW serve como inspiração para outras nações ao redor do mundo. Essa conquista demonstra que a geração de energia limpa em larga escala é viável e acessível, oferecendo um caminho promissor para um futuro mais sustentável. Com mais investimentos em pesquisa e desenvolvimento, podemos esperar ver ainda mais avanços na tecnologia eólica nos próximos anos, impulsionando a transição global para um futuro com energia limpa.

 

Festas juninas e eletricidade: uma combinação que exige cuidados redobrados

Crédito: Emanuel Tadeu

As festas juninas encantam a todos com suas comidas típicas, brincadeiras, música e decorações coloridas. Mas, em meio à alegria, é crucial lembrar que a época também traz consigo riscos aumentados de acidentes com energia elétrica.

1. Fogueiras e Fiação:

Um dos maiores perigos está nas fogueiras. O calor intenso das chamas pode danificar os fios e cabos da rede elétrica, causando curto-circuitos, sobrecargas e até incêndios. Mantenha a fogueira sempre longe da fiação e de qualquer material inflamável.

2. Enfeites e Iluminação:

Os enfeites juninos, como bandeirinhas, fitas e balões, também exigem atenção. Evite pendurá-los em postes, fios ou perto da rede elétrica. Opte por materiais isolantes e não inflamáveis para a decoração.

3. Improvisações Perigosas:

Gambiarras com fios e tomadas são extremamente perigosas e podem levar a choques elétricos graves. Contrate um eletricista qualificado para realizar qualquer instalação elétrica no local da festa.

4. Água e Eletricidade:

A combinação de água e eletricidade é extremamente perigosa. Jamais utilize equipamentos elétricos próximos à água, como piscinas, pias ou tanques. Ligue eletrodomésticos apenas em tomadas à prova d'água e mantenha os fios fora do alcance da água.

5. Segurança em Primeiro Lugar:

Em caso de fios caídos no chão, não se aproxime e evite contato com a água. Comunique imediatamente a companhia de energia e aguarde a chegada de um profissional qualificado para o reparo.

A segurança deve ser sempre a prioridade. Seguindo estas dicas simples, você garante que a sua festa junina seja alegre e segura para todos!

O custo da geração de energia a partir de várias fontes

Crédito: Barnabas Davoti

No mundo moderno, a energia elétrica é a força vital que impulsiona nossas vidas. Mas quanto custa gerar essa preciosa commodity? Na postagem de hoje vamos explorar os custos da geração de energia a partir de diversas fontes, desvendando os mistérios por trás dos preços do kWh.

1. Fontes Renováveis: Uma promessa verde com variantes de custo

As fontes renováveis, como a energia solar e eólica, brilham como promessas de um futuro mais verde. A energia solar apresenta um custo médio por kWh entre R$ 0,40 e R$ 0,60, enquanto a eólica, impulsionada pelo vento, varia entre R$ 0,50 e R$ 0,80. Mas lembre-se, a natureza é inconstante, e esses valores podem oscilar.

2. Hidrelétricas: gigantes líquidas com impactos ambientais

As hidrelétricas, majestosas usinas movidas pela força da água, são campeãs em geração de energia no Brasil. Seu custo médio por kWh gira em torno de R$ 0,08 a R$ 0,20. No entanto, a construção dessas usinas pode gerar impactos ambientais e sociais, um ponto a ser ponderado.

3. Termelétricas: combustíveis fósseis e poluição no ar

As termelétricas, que queimam combustíveis fósseis como carvão, gás natural e óleo, entregam energia a um custo médio por kWh entre R$ 0,15 e R$ 0,35. Apesar da eficiência, lançam poluentes na atmosfera, contribuindo para as mudanças climáticas.

4. Nuclear: energia controversa de alto custo

A energia nuclear, cercada por debates acalorados, gera eletricidade a um custo médio por kWh entre R$ 0,11 e R$ 0,18. Apesar da baixa emissão de carbono, a gestão de resíduos radioativos e os riscos de acidentes geram preocupações.

5. Custo Final: mais que geração, distribuição e impostos pesam no bolso

O custo final da energia que chega na sua casa vai além da geração. Transmissão, distribuição e impostos também entram na conta, elevando o valor médio por kWh para entre R$ 0,60 e R$ 1,00.

Lembre-se, os valores podem variar de acordo com a região, época do ano e tipo de tarifa. A busca por fontes renováveis e eficientes, aliada à conscientização no consumo, são chaves para um futuro energético mais sustentável e acessível.

Sua casa segura: tudo sobre fios e cabos elétricos

Crédito: Pixabay

Fios e cabos elétricos são elementos essenciais para o funcionamento de residências, empresas e indústrias. Através deles, a energia elétrica é distribuída de forma segura e eficiente, possibilitando o uso de diversos equipamentos e aparatos. No entanto, a escolha e o uso incorretos desses condutores podem gerar sérios riscos, como curtos-circuitos, incêndios e choques elétricos.

Neste guia completo, abordaremos os principais aspectos relacionados a fios e cabos elétricos, desde a compreensão dos riscos envolvidos até as práticas adequadas para sua seleção, dimensionamento e instalação. O objetivo é fornecer informações precisas e didáticas para garantir a segurança e a eficiência em seu sistema elétrico.

1. Riscos Associados à Instalação Incorreta

A instalação inadequada de fios e cabos elétricos pode trazer graves consequências, como:

  • Curtos-circuitos: Ocorrem quando a corrente elétrica encontra um caminho de menor resistência, gerando calor excessivo e podendo provocar incêndios.
  • Choques elétricos: O contato com fios energizados pode causar lesões graves ou até mesmo fatais.
  • Sobrecargas: A utilização de fios com bitola inadequada para a corrente elétrica demandada pode gerar superaquecimento, danificando os condutores e aumentando o risco de incêndios.
  • Perda de eficiência: Fios e cabos subdimensionados podem levar à perda de energia durante a transmissão, diminuindo o rendimento dos equipamentos e aumentando o consumo de energia.

2. Aplicações dos Fios e Cabos Elétricos

Os fios e cabos elétricos possuem diversas aplicações em instalações elétricas, sendo categorizados de acordo com sua função:

  • Fios: Condutores com menor quantidade de fios de cobre, utilizados em circuitos de baixa corrente, como iluminação residencial e tomadas.
  • Cabos: Condutores com maior quantidade de fios de cobre, utilizados em circuitos de alta corrente, como motores elétricos, painéis de distribuição e instalações industriais.
  • Cabos coaxiais: Transmitem sinais de alta frequência, utilizados em redes de televisão a cabo e internet banda larga.
  • Cabos de fibra ótica: Transmitem dados por meio de pulsos de luz, utilizados em redes de alta velocidade e comunicação de longa distância.

3. Dimensionamento da Bitola do Fio

A escolha da bitola adequada do fio é crucial para garantir a segurança e a eficiência da instalação elétrica. Diversos fatores devem ser considerados, como:

  • Corrente elétrica: A intensidade da corrente que percorrerá o fio.
  • Comprimento do fio: A distância entre a fonte de energia e o ponto de consumo.
  • Tipo de instalação: Residencial, comercial ou industrial.
  • Isolante do fio: PVC, borracha ou EPR, por exemplo.

Para realizar o dimensionamento correto, é fundamental consultar um profissional eletricista qualificado, que utilizará ferramentas e normas técnicas específicas para garantir a segurança da instalação.

4. Cuidados Essenciais na Manipulação e Instalação

Ao manipular e instalar fios e cabos elétricos, siga estas medidas de segurança:

  • Desligue a energia: Antes de iniciar qualquer trabalho, certifique-se de que a energia esteja desligada na caixa de disjuntores.
  • Utilize ferramentas adequadas: Descascadores de fios, alicates de corte e crimper são essenciais para garantir conexões seguras e eficientes.
  • Faça conexões firmes: Utilize conectores apropriados e parafusos de fixação para garantir que as conexões não se soltem com o tempo.
  • Proteja os fios: Utilize eletrodutos e canaletas para proteger os fios contra danos mecânicos e intempéries.
  • Identifique os fios: Utilize etiquetas ou fitas coloridas para identificar cada fio de acordo com sua função.

5. Manutenção Preventiva para Segurança e Eficiência

A manutenção preventiva das instalações elétricas é essencial para garantir a segurança e a eficiência do sistema. Periodicamente, um profissional eletricista qualificado deve realizar:

  • Inspeção visual dos fios e cabos: Verificar se há sinais de danos, como rachaduras, cortes ou desgastes na isolação.
  • Medição da resistência de isolamento: Verificar se há falhas na isolação dos fios que possam levar a choques elétricos.
  • Análise das conexões: Verificar se as conexões estão firmes e bem vedadas, evitando curtos-circuitos.

Ao seguir estas orientações, você garante a segurança e a eficiência da sua instalação elétrica, prevenindo acidentes

Enchentes no RS: mudanças climáticas e a urgência da transição energética

Crédito: Pok Rie

As devastadoras enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul no início de maio de 2024 servem como um lembrete urgente da intensificação dos eventos climáticos extremos e da necessidade premente de agirmos em prol da sustentabilidade. Mais do que um desastre natural, as inundações representam um alerta sobre as consequências das mudanças climáticas e a importância da transição para fontes de energia renováveis.

Cientistas alertam que as mudanças climáticas, causadas principalmente pela emissão de gases de efeito estufa em atividades humanas como queima de combustíveis fósseis, estão intensificando os eventos climáticos extremos, como chuvas torrenciais, secas prolongadas e ondas de calor. O aumento da temperatura global leva ao acúmulo de mais vapor d'água na atmosfera, intensificando as precipitações e o risco de inundações.

As enchentes no Rio Grande do Sul causaram danos imensos, afetando mais de 300 municípios e deixando milhares de pessoas desabrigadas. Além do sofrimento humano, os prejuízos à infraestrutura, à agricultura e à economia do estado são consideráveis. As imagens de cidades submersas e pessoas desoladas servem como um retrato cru da vulnerabilidade da sociedade diante dos desastres climáticos.

A geração de energia através de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural, é um dos principais fatores que contribuem para as mudanças climáticas. A queima desses combustíveis libera grandes quantidades de gases de efeito estufa na atmosfera, intensificando o efeito estufa e o aquecimento global. Diante desse cenário, as energias renováveis, como a solar, eólica e biomassa, se apresentam como soluções para um futuro mais sustentável. Essas fontes de energia limpa não emitem gases de efeito estufa, combatendo as mudanças climáticas e seus impactos devastadores.

As enchentes no Rio Grande do Sul servem como um alerta sobre a urgência de combater as mudanças climáticas e investir em fontes de energia renováveis. A transição para uma matriz energética limpa e sustentável é crucial para mitigar os efeitos do aquecimento global e construir um futuro mais resiliente para as próximas gerações. 

 

Geração distribuída: Piauí atinge 532 MW de potência solar

Crédito: Ali Madad Sakhirani
 
 
O sol brilha com força no Piauí, não apenas no céu, mas também na matriz energética do estado. Com mais de 532 megawatts (MW) de potência instalada na geração própria de energia solar, o Piauí se consolida como um dos principais polos de energia renovável do Nordeste. Esse marco histórico é impulsionado pelo crescimento da geração distribuída, modalidade que permite aos consumidores produzir sua própria energia solar, instalando painéis em telhados e pequenos terrenos.
 
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Piauí possui mais de 52 mil conexões operacionais de energia solar espalhadas por 221 municípios. Essa expansão solar tem impactado positivamente a vida de mais de 76 mil consumidores, que desfrutam de:
Redução na conta de luz: Economia significativa nos gastos com energia elétrica.
Maior autonomia: Independência das oscilações do mercado energético tradicional.
Confiabilidade energética: Segurança no fornecimento de energia, mesmo em momentos de crise.
 
Desde 2012, a geração própria de energia solar no Piauí já atraiu R$ 4,3 bilhões em investimentos, gerou mais de 15 mil empregos e contribuiu para a arrecadação de mais de R$ 1,3 bilhão em impostos. Para impulsionar ainda mais a energia solar no estado, a ABSOLAR propõe a criação e o aprimoramento de programas, políticas e incentivos locais. Entre as sugestões estão:
Inclusão da tecnologia fotovoltaica em prédios públicos, casas populares e programas de universalização do acesso à eletricidade.
Ampliação de linhas de crédito específicas para a instalação de sistemas solares.
Desburocratização de processos e simplificação de licenças para a implementação da tecnologia.
 
O presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, destaca a popularização da energia solar no Brasil, impulsionada pela queda de 50% no preço dos painéis solares em 2023. Essa acessibilidade torna a tecnologia ainda mais atraente para consumidores de diferentes perfis. “Este é o momento ideal para investir em energia solar em residências, empresas e propriedades rurais”, afirma Koloszuk. “O potencial de crescimento é enorme, já que o Brasil possui cerca de 92,4 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica no mercado cativo”.
 
O CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, reforça a importância da energia solar para o desenvolvimento do país, contribuindo para:
Diversificação da matriz energética, reduzindo a dependência de fontes hidrelétricas.
Sustentabilidade ambiental, diminuindo as emissões de gases poluentes.
Desenvolvimento social e econômico, gerando emprego e renda e aliviando o orçamento das famílias.
Fortalecimento da competitividade dos setores produtivos brasileiros.
Melhoria da confiabilidade e segurança do sistema elétrico nacional.

O Caminho da energia: uma jornada fascinante até nossas casas

Crédito: Franco Garcia

A energia que ilumina nossas casas, move nossos eletrodomésticos e nos permite aproveitar os confortos da vida moderna percorre um caminho longo e complexo antes de chegar até nós. Essa jornada fascinante envolve diversas etapas, desde a geração em usinas até a distribuição final em nossas residências.

1. Geração: A energia tem origem em usinas de diferentes tipos, cada uma com suas características e desafios. Usinas hidrelétricas aproveitam a força da água em queda, enquanto usinas térmicas queimam combustíveis fósseis para gerar calor que aciona turbinas. Já as usinas eólicas captam a energia do vento através de hélices gigantes, e as usinas solares convertem a luz do sol em eletricidade por meio de painéis fotovoltaicos.

2. Transmissão: A energia gerada nas usinas precisa ser transportada para grandes centros de consumo através de linhas de transmissão de alta tensão. Essas linhas, sustentadas por torres gigantes, são como rodovias de energia, conduzindo a eletricidade em longas distâncias com o mínimo de perdas.

3. Transformação: A eletricidade transmitida pelas linhas de alta tensão precisa ser transformada em tensões mais baixas para ser compatível com o consumo residencial e industrial. Subestações espalhadas pelo país realizam essa transformação, reduzindo a voltagem da eletricidade de forma segura e eficiente.

4. Distribuição: A energia transformada nas subestações é distribuída para as cidades e vilas através de redes de fios e cabos de média e baixa tensão. Essa rede complexa se ramifica por ruas e vielas, como uma teia de aranha gigante, levando a eletricidade até os transformadores de cada casa.

5. Chegada à Casa: Finalmente, a energia chega ao nosso lar. O transformador local reduz a voltagem da rede de distribuição para um nível seguro para uso doméstico, geralmente 110 ou 220 volts. Essa energia, agora pronta para ser utilizada, alimenta os eletrodomésticos, ilumina os ambientes e nos proporciona o conforto e praticidade da vida moderna.

A jornada da energia, desde sua geração até nossas casas, é um exemplo de engenhosidade humana e do nosso constante esforço para suprir as necessidades energéticas da sociedade. Ao compreendermos esse processo, podemos valorizar ainda mais a energia que utilizamos e usá-la de forma consciente e responsável.

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