Grupo realiza parada Gay no Festival de Inverno de Pedro II

Fotos: Carlos Lustosa Filho/CidadeVerde.com Sávilla Brasil  

A travesti Paula Cicarelli esteve no ato. Não é só de festa e prazeres vive o mundo das lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros. Por baixo da maquiagem de um travesti, por exemplo, há uma história de preconceito, dificuldades e conflitos. Sabendo desta realidade, o grupo pedrossegundense Rede do Arco-íris formado há um ano realizou na tarde deste sábado (13) a primeira Parada da Diversidade em Pedro II aproveitando o público do Festival de Inverno.   "Queremos mostrar que nós do segmento LGBT somos iguais em direitos e deveres como qualquer outra pessoa. Somos 10% da população brasileira e estamos em todos os setores como médicos, advogados", descreve o coordenador do grupo, Cláudio Lima. Segundo ele, militantes de diversas cidades do Piauí e até do Ceará estiveram no evento que teve apoio do governo do Estado.   Uma destas pessoas é a travesti Sávilla Brasil que já morou na Itália e veio de Crateús (CE) especialmente para a parada. "Vim porque gosto muito da cidade, é pequena e acolhedora. Além do que aqui no Piauí as pessoas são mais receptivas", analisa.   Outra pessoa que presta seu apoio é a coordenadora do Grupo Matizes de Teresina, Marinalva Santana. “Nós temos eventos como este em Parnaíba, Floriano, Picos e Colônia do Piauí. Eles estão acontecendo com o tempo, nós pautamos o debate em Teresina e ele vai se interiorizando”, destaca Marinalva. Ela afirma ainda que a expectativa é de que a cada ano a iniciativa de Pedro II cresça como cresceu a Parada Gay de Teresina. “Começamos com 1.500 pessoas em 2002 e este ano já esperamos 50 mil”, calcula.   Marinalva vê o crescimento da conscientização no interior do estado   Valdênia Sampaio, diretora de política de livre orientação sexual da Coordenadoria Estadual de Direitos Humanos e Juventude diz que mesmo com a descontração comum ao grupo LGBT, manifestações como esta estão repletas de significado. “É um ato de fortalecimento da cidadania. Ele dá visibilidade e pede políticas afirmativas de forma lúdica”, pontua.   Samara Brasil se maqueia...   A rainha gay de Piripiri e militante do grupo Maria Bonita da mesma cidade, Lorrana Spynely, diz que a parada é uma forma de quebrar o preconceito junto a população. “Nós nascemos assim. Cada um tem o seu jeito e todos merecem respeito”, prega a transformista enquanto se arrumava para a manifestação.   ...assim como Lorrana Spynely. Ambas querem quebrar preconceitos.   Carlos Lustosa Filho redacao@cidadeverde.com
Tags: