O presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, Franzé Silva (PT) comunicou na manhã desta sexta-feira (5) que a Alepi vai lançar o movimento “Águas no Sertão” com o objetivo de discutir com a classe política e a sociedade alternativas de combate à seca. O projeto, importantíssimo para levar água aos piauienses e reduzir a cultura dos carros-pipas, não avança desce 2003, ou seja, 21 anos.
O debate faz parte do projeto “Mais Piauí” que irá discutir obras estruturantes para o estado.
A proposta é integrar o rio São Francisco com as bacias dos rios Piauí e Canindé e levar água para mais de 40 municípios piauienses. Franzé Silva informou que o Ministério da Integração autorizou o estudo de viabilidade técnica que é orçado em R$ 4,7 milhões.
Na segunda-feira (8), às 9h, haverá o primeiro debate sobre segurança hídrica com a presença dos Ministérios da Integração e Planejamento, além da bancada federal.
Franzé Silva disse durante café da manhã com jornalistas que convidará a oposição porque será um debate que não pode levar em conta questões partidárias.
“O que nós queremos é puxar um debate, aproveitar que o governo federal reeditou o PAC e colocar um projeto de integração de bacias. Que tire da realidade dos piauienses que durante séculos de conviver com o carro- pipa”.
Segundo o presidente, houve uma omissão do debate do terceiro eixo no debate da Transposição do Rio São Francisco.
“Foi feito um eixo que atende o Rio Grande do Norte, Ceará e o segunda rota pegou o Pernambuco e a Bahia e o terceiro eixo que não se falou mais. Eixo Oeste que coloca uma alimentação dos Rios Piauí e Canindé”.
Franzé Silva informou que convidou os ministros Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Simone Tebet (Planejamento), além da APPM, os três senadores – Ciro Nogueira, Jussara Lima e Marcelo Castro, os deputados federais e as entidades que trabalham com a convivência com o semiárido.
O primeiro debate será comandado pelos ex-deputados B. Sá e Jesus Rodrigues, que acompanharam a discussão.
Jesus Rodrigues informou ao portal Cidadeverde que a integração das bacias no eixo oeste foi apresentada desde 2003, junto com a integração do Rio São Francisco, e pouco se avançou.
“No período houve uma resistência muita grande por parte de bancada de outros estados para a integração das bacias do eixo oeste que beneficia o Piauí”, disse Jesus Rodrigues.
Ele informou que a Codevasf chegou a determinar um estudo de viabilidade, mas o recurso foi pouco e não avançou. Jesus lembrou que apresentou o projeto “Artérias do Rio Parnaíba” para viabilizar canais de alimentação de água e este ano foi colocado como prioridade no governo federal.