Com mais de 14 mil casos de dengue neste ano, Piauí receberá 17 mil vacinas para aplicação

Foto: Ascom/Sesapi 

O Piauí receberá na próxima semana 17 mil vacinas contra a dengue para a aplicação da segunda dose. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) ao Cidadeverde.com.

De acordo com a Sesapi, os imunizantes serão enviados aos municípios que integram o território Entre Rios, onde a capital Teresina está incluída, e também para os municípios da Chapada das Mangabeiras. O público-alvo da campanha são crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.

Ainda segundo a secretaria, o Ministério da Saúde não confirmou quando enviará novas remessas da primeira dose da vacina contra a dengue para o Piauí.

No momento da vacinação, é necessário apresentar CPF ou cartão do SUS, documento de identificação, caderneta de vacina e um comprovante de endereço de Teresina.

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Casos de dengue

O Piauí já registrou 21 óbitos por dengue em 2024. O Painel Temático da Dengue no Piauí mostra também que o estado possui 4 mortes em investigação e 14.483 casos prováveis, sendo 55,2% mulheres e 44,8% homens.

A doença tem atingido principalmente pessoas entre 20 e 29 anos, seguidas pelas faixas etárias de 30 a 49 anos.

Cuidado com os criadouros do mosquito

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

Dentro de casa ou em locais públicos, é preciso ter cuidado com locais que acumulam água parada que possam estar servindo de nascedouro para os mosquitos. Esgotos com água parada, matos em calçadas próximo de casa e lixos acumulados são grandes violões no combate à doença.

Os ovos do mosquito Aedes aegypti são de extrema resistência e podem suportar em um recipiente, sem ter entrado em contato com a água, entre 300 e 400 dias.

Atente-se aos vasos de plantas

Coloque areia até a borda dos pratinhos para evitar o acúmulo de água. Alternativamente, lave-os uma vez por semana com sabão e escova.

Livre-se de objetos que acumulam água

Dê o destino correto a latas, garrafas, potes, pneus e qualquer outro tipo de objeto que possa servir como criadouro, optando pela reciclagem sempre que possível.

Armazene garrafas da forma correta

Se você deseja guardar garrafas e outros objetos que podem acumular água, armazene-os tampados ou com a boca para baixo.

Evite a contaminação de calhas e caixas-d’água

As calhas devem ser mantidas desobstruídas e livres de folhas e galhos, enquanto a caixa-d’água deve estar sempre bem tampada.

Higienize recipientes que armazenam água

Tanques, barris e tonéis utilizados para guardar água da chuva, por exemplo, devem ficar tampados e ser higienizados semanalmente com escova e sabão. As piscinas devem ser tratadas com cloro.

Tenha cuidado com o lixo

Amarre bem as sacolas e deposite-as em lixeiras fora do alcance de animais. Não jogue lixo em terrenos baldios.

Utilize proteção individual

As medidas coletivas de proteção podem ser complementadas com cuidados como o uso de repelentes e inseticidas, a instalação de mosquiteiros e telas em portas e janelas e a preferência por roupas de mangas compridas.

Atenção aos sintomas da doença

A infecção por dengue pode ser assintomática ou apresentar quadro leve em alguns casos. Mesmo assim, é muito importante a população ficar atenta aos sinais, pois a doença pode evoluir rapidamente de um quadro leve para um quadro mais grave.

Os principais sintomas da dengue são febre, dor no corpo e nas articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça, manchas vermelhas no corpo, dor abdominal intensa, vômitos, letargia ou irritabilidade.

Caso seja identificado algum sintoma da doença, a recomendação é procurar por uma unidade de saúde para realizar todos os procedimentos necessários. O médico identificará os sinais a partir de uma pesquisa com o próprio paciente e seguirá o protocolo oficial, que podem incluir exames laboratoriais.

Para os casos leves, a recomendação é repouso, enquanto durar a febre; hidratação (ingestão de líquidos); administração de paracetamol ou dipirona em caso de dor ou febre; e não administração de ácido acetilsalicílico. Na maioria dos casos, há uma cura espontânea depois de 10 dias.

É muito importante retornar imediatamente ao serviço de saúde em caso de sinais de alarme (dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas). O protocolo sugere a internação do paciente para o manejo clínico adequado.