Delegada identifica mais de 20 perfis que fizeram ataques à imagem de Iemanjá nas redes sociais

Foto: reprodução 

A delegada Syglia Samuelle, da Delegacia de Direitos Humanos, já identificou mais de 20 perfis na rede social que fizeram postagens com insultos, racismo e praticando crime de intolerância religiosa contra a imagem de Iemanjá.

No mês de abril, o monumento de Iemanjá, que fica na avenida Marechal Castelo Branco, foi reinaugurada retratada com a pele negra, em referência a ancestralidade de um dos orixás das religiões de matriz africana mais populares no Brasil. A nova imagem foi depredada e atacada virtualmente. 

“Já identificamos mais de 20 perfis que atacaram a estátua de Iemanjá, já foram colhidos vários depoimentos, e a maioria das pessoas é de Teresina, mas têm alguns que residem no interior do estado”, disse a delegada.

Ela informou que as mensagens são de ataques e ofensas as religiões de matrizes africana e que cultuam Iemanjá. 

“Não foi um grupo, foram pessoas separadamente de suas residências praticando vários crimes, entre eles o de racismo”, disse Syglia Samuelle. 

A delegada alertou que a internet não é uma terra sem lei e que os ataques mesmo em rede social são identificados pela polícia. 

“Muita gente pensa que só porque está na internet pode fazer ofensas, cometer crimes, e não tem consequências, mas há consequências, elas são identificadas e presas”, disse.

 Syglia Samuelle ressaltou que tem crescido o registro de crime de racismo e ressalta que qualquer pessoa que for atacada deve procurar a delegacia. 

Sobre a depredação da imagem de Iemanjá, que além dos ataques virtuais, o monumento também sofreu tentativas de destruição.

A delegada disse que o inquérito foi instaurado e encaminhado para a Justiça. Devido aos crimes, a Secretaria de Segurança Pública chegou a definir protocolos em casos como os ataques a Iemanjá.