Piauí tem 17 pontos de coletas de DNA na campanha para encontrar desaparecidos

Foto: Ascom/PC-PI

Com um total de 166 desaparecidas somente em Teresina nos sete primeiros meses de 2024, a Delegacia Especializada em Pessoas Desaparecidas (DESAP) deu início, na última segunda-feira (26), à Campanha Nacional de Coleta de DNA em todo o estado. A mobilização, promovida pelo Ministério da Justiça e Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), acontece até a próxima sexta-feira (30), com o “Dia D” realizado na quinta-feira (29). 

Ao todo serão disponibilizados 17 pontos para a coleta de material genético e registro de ocorrência.

"Desde a semana passada a nossa unidade está entrando em contato com todos os familiares de pessoas desaparecidas, ainda não localizadas, para que os parentes em primeiro grau forneçam o material genético para o banco de DNA. Isso é algo voluntário, de interesse das próprias famílias", explicou o delegado Jorge Terceiro, coordenador da DESAP. 

Com uma taxa de localização acima de 93%, o delegado frisa a importância dos bancos de DNA para o sucesso das investigações. "Há uns meses tivemos um caso de um corpo encontrado no litoral do Piauí, sem qualquer tipo de identificação. Foi coletado o DNA desse corpo, que bateu com o DNA de familiares no Ceará, encerrando a busca daquela família. Infelizmente, com um desfecho triste, mas a pessoa foi localizada", pontuou a autoridade policial. 

Por fim, o coordenador da DESAPI ressaltou que o banco de DNA tem outras utilidades importantes.

"Não é utilizado apenas para comparação com pessoas falecidas. Ele também é fundamental para identificar pessoas hospitalizadas sem documentação, que sofreram acidentes em outros estados e estão internadas como não identificadas", concluiu Jorge Terceiro. 

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