Dalton Macambira vai pedir explicações da Marinha sobre mancha

A mancha misteriosa que apareceu no mar de Luís Correia na última semana foi identificada por técnicos da Semar (Secretaria Estadual de Meio Ambiente) como piche, um derivado gelatinoso do petróleo que se solidifica ao entrar em contato com a areia. O material é comumente utilizado na limpeza e manutenção de embarcações em alto mar.

"Muitos litorais são vítimas disso. Como até o momento a Marinha não conseguiu identificar de onde veio essa mancha, acredito que a origem esteja além da costa brasileira. Não sabemos também a nacionalidade dos navios que possam ter causado esse problema", disse o secretário de Meio Ambiente Dalton Macambira.

De acordo com o secretário, ocorrências similares à esta já foram registradas em anos anteriores nas praias da Parnaíba. Desta vez, a mancha se espalha da praia de Atalaia até Barra Grande, uma extensão de aproximadamente 20 km. "Realmente, esse produto pode ser encontrado em uma faixa muito ampla, mas em pouca quantidade", afirmou Dalton.

Na praia, menino mostra o pé manchado com substância

Até que a Marinha finalize a verificação da substância e a sua origem, a Secretaria não pode agir. A única alternativa possível por enquanto é a prefeitura do município organizar a limpeza da orla. "Não podemos intervir nesse sentido porque é jurisdição municipal, mas vamos colaborar com a prefeitura para manter a praia limpa".

O secretário de Turismo de Luís Correia Alcide Filho afirma que o caso não pode ficar impune. "São danos ao meio ambiente e não podemos permitir que ninguém seja responsabilizado e que nada seja feito sobre isso", falou.

Naruna BritoEspecial para o Cidadeverde.comredacao@cidadeverde.com