Greve dos policiais civis promete parar Central de Flagrantes às 0h

A partir da meia noite dessa sexta-feira, policais civis do Piauí paralisarão as atividades por tempo indeterminado depois de não conseguirem entrar em acordo com o governo. O Sinpolpi (Sindicato dos Policiais Civis do Piauí) reclama de discriminação e tratamento desigual por parte das autoridades.

O movimento começará na Central de Flagrantes. A partir das 23h30, os grevistas se concentrarão no QG e se dividirão em 5 grupos, que percorrerão todos os distritos de Teresina. "O material já estão todo organizado e os policiais dispostos a cruzarem os braços. Todos sabem das nossas condições e concordam com a greve", afirma Cristiano Ribeiro, presidente do Sinpolpi.

Cristiano afirma que não houve preocupação do poder público em negociar com a categoria. "Fizemos uma paralisação de advertência há 30 dias e o governo sequer abriu um canal de negociação. É uma situação lamentável", disse. O presidente cita ainda que os policiais foram preteridos pelos gestores em relação aos médicos. "A greve deles teve toda a atenção. Ameaçaram cruzar os braços, sentou-se para conversar e fizeram um acordo. Por que o mesmo não aconteceu com a gente? Fomos descriminados", relata.

Por lei, os distritos devem atender pelo menos 30% das ocorrências durante a greve. Casos de violência contra idoso, esturpro, homicídio, sequestro e amparados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente não podem ser negligenciados. Cristiano garante que a margem de atendimentos será respeitada pelo Sindicato e pelos grevistas. Nesse período, os presos também não receberão visitas.

 

 

Naruna BritoEspecial para o Cidadeverde.comredacao@cidadeverde.com