Policial militar dispara 15 tiros e acerta uma pessoa em Paulistana

A polícia de Paulistana investiga as causas do tumulto provocado pelo soldado da Polícia Militar Gustavo Luis Rodrigues, 25 anos, que teria disparado tiros durante uma festa no clube Faisão, bairro Lagoa, em Paulistana (a 452 km de Teresina), na última sexta-feira (09). Um dos tiros teria acertado o porteiro do local. Segundo informações do delegado Edilberto Amorim, titular da Delegacia de Paulistana, um inquérito policial foi instaurado, já que a vítima teria prestado queixa e outras dezenas de testemunhas. Em depoimento a vítima e testemunhas relataram que o soldado, estaria visivelmente embriagado, e chegou ao clube com três mulheres, entrou sem pagar ao apresentar a carteira militar e ainda colocou as três para dentro da festa de graça. Pouco tempo depois teria saído para buscar outra mulher, que também não iria pagar. O porteiro reclamou já que quatro pessoas já teriam entrado de graça, houve uma pequena discussão, o soldado teria ido em seu carro e após colocar a mulher para dentro, disparou um tiro que acertou a perna direita do porteiro e os demais atirou para cima. A arma era uma pistola ponto 40, de propriedade da Polícia Militar, com capacidade para 15 tiros. Os populares assustados tentaram sair todos de uma só vez do local, o que causou tumulto e muitos ficaram feridos. “No clube tinha entre 500 e 600 pessoas, algumas que vieram prestar depoimento estavam feridas, por terem sido pisoteadas”, destacou o delegado Edilberto. A PM foi chamada e ao chegar não teria conseguido impedir a fuga do soldado, que ainda teve os vidros de seu carro, um Celta, quebrados pela população enfurecida. Os policiais teriam conseguido apreender a arma. De acordo com o tenente Solón, da Companhia da PM de Paulistana, o soldado Gustavo teria fugido em direção a Pernambuco, que faz fronteira com a cidade. Mas, o comandante do quartel, Major Cordeiro instaurou um inquérito Policial Militar, para apurar o caso. O militar vai responder tanto um inquérito militar, quanto o inquérito civil, por lesão corporal grave ou tentativa de homicídio. “A natureza do crime será dada depois de ouvir todas as testemunhas e o próprio acusado, que disse que vai se apresentar amanhã [terça-feira]”, declarou o delegado. A ação do militar, que está na cidade há cerca de quatro anos, chocou a população. Caroline Oliveiracarolineoliveira@cidadeverde.com