Candidato já gastou R$1milhão; Veja prestação de contas no Piauí

João Vicente Claudino (PTB) foi o que mais arrecadou e gastou até agora entre os candidatos a governador do Piauí: cerca de R$ 1,6 milhão, mais que Wilson Martins (PSB) e Sílvio Mendes (PSDB), juntos: pouco mais de R$ 1 milhão. Os dados estão no site do Tribunal Superior Eleitoral - TSE -, que recebeu a primeira parcial das prestações de contas, com recursos em dinheiro ou estimáveis, de quase todos que postulam o cargo - apenas Lourdes Melo (PCO) consta com dados ausentes.  A Justiça Eleitoral considera todas as despesas do candidato, sejam com dinheiro que ele desembolse, ou com gastos feitos por terceiros que forneceram seus serviços gratuitamente (baixas estimáveis em dinheiro). Um exemplo: veículos podem ser cedidos para a campanha ao invés de alugados. Esses valores são especificados, mas somados no final da prestação de contas, pois constituem despesas. João Vicente arrecadou R$ 1.658.234,10, sendo R$ 1 milhão de doações de pessoas jurídicas (empresas). Do dinheiro obtido, foram gastos R$ 747 mil, sendo outros R$ 907 mil estimados de serviços que ele não desembolsou, o que chega a um total de R$ 1.654.778,28. A maior despesa foi com cessão e locação de veículos: R$ 750.700. O valor máximo declarado para sua campanha é de R$ 12,3 milhões.  Veja os números das prestações de contas João Vicente Claudino Wilson Martins Sílvio Mendes Wilson Martins, que tenta a reeleição, arrecadou R$ 883.816,49, sendo R$ 607 mil de recursos próprios, e teve R$ 661.856,26 de despesas. Só para material de publicidade impresso foram investidos R$ 184.634,54. O candidato estipulou limite de gastos de R$ 10 milhões.  Sílvio Mendes é o terceiro no ranking. Sua receita em dinheiro e estimada soma R$ 386.695, sendo R$ 10 mil doado pelo próprio candidato e R$ 228.840 de empresários. Dos R$ 367.628,40 já despendiados, o maior gasto foi de R$ 100 mil, com produção de programas de rádio e televisão. Ele declarou em julho que terá despesas de R$ 8 milhões. Teresa Britto (PV) fecha a lista com R$ 31.476 de receita, sem doações de pessoas jurídicas, e R$ 31.368,42 de despesas, sendo R$ 22 mil de veículos a ela cedidos. Seu limite é de R$ 5 milhões. As demais prestações de contas - Francisco Macedo (PMN), Romualdo Brazil (PSOL), Geraldo Carvalho (PSTU) e Major Avelar (PSL) -  estão zeradas.  O prazo para a primeira parcial, que corresponde ao mês de julho, terminou no dia 3. A segunda poderá ser entregue entre 28 de agosto a 3 de setembro, e terá valores divulgados no dia 6. Senado Os valores declarados por Sílvio Mendes são menores que seu colega de chapa e candidato à reeleição no Senado, Heráclito Fortes (DEM), que já possui R$ 465.210 de receita - R$ 200 mil de recursos próprios - e despendiou R$ 415.932,54 - sendo que R$ 145 mil desse bolo correspondem a veículos cedidos e   R$ 190.922,54 de gastos financeiros propriamente ditos. Mão Santa (PSC), com quem faz dobradinha, arrecadou R$ 112.632,41 e teve R$ 108.477,41 de despesas. A terceira maior despesa é do ex-governador Wellington Dias (PT): R$ 108.162,17, quase o mesmo valor arrecadado. Antônio José Medeiros (PT) declarou R$ 87.691,00 de custos com campanha. Dos R$ 57.472 que recebeu em doações, Ciro Nogueira (PP) quase metade foram de despesas estimáveis. R. Silva (PP) desembolsou quase nada dos R$ 11.682,05 declarados. Maioria veio de serviços doados.   Fábio Lima fabiolima@cidadeverde.com